O café é uma bebida que faz parte da rotina alimentar de muitos brasileiros. Geralmente, ele é consumido no café da manhã ou após o almoço. Apesar de parecer inofensivo, a presença de diterpenos, como o cafestol e o kahweol, na composição do alimento pode aumentar os níveis de colesterol ruim (LDL) no organismo.
No entanto, ao comparar modos de preparo tradicionais do café, pesquisadores suecos descobriram que a quantidade de diterpenos varia conforme o método utilizado. O estudo foi publicado na revista científica Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases na última quinta-feira (20/3).
Eles descobriram que o café fervido, que é misturado na água e aquecido ou feito em máquina, é o pior jeito de preparar a bebida, pois o resultado tem níveis mais altos de diterpenos. A melhor opção, segundo o estudo, é o café filtrado tradicional.
Apesar das descobertas, estudo possui limitações
Para chegar aos resultados, a equipe coletou amostras de 11 máquinas, que preparavam café a partir de grãos misturados com água quente e posteriormente passavam em um filtro de metal, e outras três que misturavam um concentrado de café líquido com água quente sem filtragem.
Para efeito de comparação, os pesquisadores também analisaram outros métodos de preparo. Eles perceberam que os modos tradicionais, com filtragem, resultavam em níveis mais baixos de diterpeno do que o café feito em máquina.
“Para pessoas que bebem muito café todos os dias, está claro que o café filtrado por gotejamento, ou outro café bem filtrado, é preferível”, explica o nutricionista clínico e um dos autores da pesquisa David Iggman, da Universidade de Uppsala, na Suécia, em comunicado à imprensa.
Apesar das descobertas, o estudo tem limitações. Fatores como a torra dos grãos e a temperatura da água não foram considerados e é necessário avançar na pesquisa para saber se o consumo do café de máquina realmente está ligado ao colesterol.
Mesmo com a pesquisa indicando o perigo do diterpeno, outros estudos indicam que beber café moderadamente pode trazer benefícios à saúde, como a redução do risco de doenças como demência, Parkinson e alguns tipos de câncer.
Por: Metrópoles