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Caso Vitória: Polícia Civil decide fazer reconstituição do crime

Caso Vitória: Polícia Civil decide fazer reconstituição do crime

Vitória Sousa foi encontrada morta em Cajamar. O vizinho, Maicol, confessou ter cometido o crime - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil de Cajamar, cidade da Grande São Paulo, decidiu fazer a reconstituição da morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que “a Polícia Civil solicitou ao IML a reconstituição do crime para esclarecer todas as circunstâncias em que ele ocorreu”.

Segundo a pasta, o principal suspeito (Maicol Antônio Sales dos Santos, 23 anos) “segue preso temporariamente após confessar a autoria do homicídio e as investigações prosseguem pela Delegacia de Cajamar para a conclusão do inquérito policial”, acrescentou.

A SSP não informou uma data exata para a realização da reconstituição.

A morte de Vitória


A decisão bate de frente com a declaração do delegado responsável pela investigação do caso, Fábio Lopes Cenarchi, que, na última terça-feira (18/3) disse que não faria sentido realizar a reconstituição por ter certeza de que Maicol foi o autor do crime.

Essa declaração ocorreu horas depois de Maicol supostamente ter confessado o crime na presença de uma advogada, que não a dele, chamada por policiais para acompanhar a confissão.

Confissão de Maicol

Um vídeo mostra depoimento de Maicol à polícia. Nas imagens, ele é questionado por policiais e descreve como deixou o corpo da jovem, que foi encontrado em uma área de mata, após seis dias de buscas. O suspeito também afirma se sentir ameaçado pelos detentos e pelo “pessoal lá fora”.

Maicol ainda nega ter raspado ou arrancado os cabelos de Vitória e supõe que, devido ao estado de decomposição do corpo, alguém deva ter arrastado a jovem e, consequentemente, arrancado o couro cabeludo. Ele também negou qualquer envolvimento com facções criminosas — no início da investigação, as autoridades policiais suspeitaram que o crime tivesse ligação com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A confissão de Maicol foi contestada por seus advogados de defesa. Na transcrição do interrogatório, divulgada pela polícia em 17 de março, consta que Maicol disse ter matado a adolescente sozinho, com duas facadas, após chamá-la para uma conversa em seu carro e do início de uma discussão por um caso que teriam tido há cerca de um ano e meio. O suspeito teria dito que a menina estaria ameaçando contar sobre a relação extraconjugal para a esposa dele.

Por: Metrópoles

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