No centro da capital acreana, um lugar desafia o tempo e as tendências: o Bazar Chefe. Com uma seleção de produtos como micro-ondas manuais, filtros de barro e lamparinas, a loja, que há cinco décadas é referência em itens que parecem extintos, continua a encantar gerações.
A GAZETA teve a oportunidade de conversar com Cleudo José, gerente e filho do fundador, Tancredo Lima de Sousa. Cleudo compartilhou que o Bazar nasceu ainda quando o Novo Mercado Velho era apenas Mercado Velho. “Meu pai começou vendendo vassouras e, aos poucos, foi diversificando o estoque. O negócio cresceu e, graças a Deus, conquistou uma boa clientela”, conta.
Tancredo sempre teve um olhar atento para o que o comércio local não oferecia. “Ele trazia novidades como lampiões e liquidificadores manuais, produtos que eram muito procurados pelos colonos da época”, lembra Cleudo. Essa busca pela singularidade é uma das razões pelas quais a loja ainda mantém seu estoque com produtos de apelo nostálgico.
Após o falecimento de Tancredo, Cleudo se vê motivado a preservar o legado do pai. “Estamos dedicados a honrar a história dele. O Bazar Chefe é muito conhecido no Acre pela dedicação e pelo trabalho que ele construiu ao longo dos anos”, destaca. Ele também enfatiza a importância de manter a equipe, garantindo a continuidade do atendimento que sempre foi um diferencial da loja.

Relembrando sua infância entre as prateleiras de madeira, Cleudo conta: “Desde os cinco anos, meu pai me trazia para cá. A loja tem um significado especial para mim”.
Para quem busca um liquidificador manual ou simplesmente quer reviver memórias, visitar o Bazar Chefe é mais do que uma compra; é uma viagem ao passado que ressoa com a história e a cultura do Acre.
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