Secretários municipais se reuniram, na manhã desta quarta-feira, 5, para discutir o planejamento do auxílio às famílias afetadas pela cheia do Rio Juruá. O nível do manancial já atingiu 12,69 metros, se aproximando da cota de transbordo de 13 metros.
Até o momento, sete bairros foram impactados pelas águas: Miritizal, Boca do Môa, Lagoa, Várzea, Remanso, Cruzeirinho Novo e Saboeiro. Apesar da situação crítica, ainda não houve necessidade de retirar famílias de suas residências, uma vez que isso ocorre apenas com o nível do rio acima de 13,30 metros. A energia elétrica permanece funcionando normalmente em todos os bairros afetados.
A reunião teve como foco avaliar a estrutura disponível para receber possíveis desabrigados. As escolas municipais Corazita Negreiros e Thaumaturgo de Azevedo foram designadas como os primeiros abrigos, e duas equipes de saúde e assistência social estão prontas para oferecer suporte. A Defesa Civil e a Secretaria de Obras também estão mobilizadas, com pessoal e equipamentos à disposição.
De acordo com o prefeito de Cruzeiro, Zequinha Lima, ainda não há o levantamento das famílias que estão sendo atingidas nos bairros. “Mas a gente já sabe que são sete bairros, a gente As primeiras retiradas acontece acima de 13,30 m, contudo temos já dois abrigos prontos, todo o plano de contingência pronto, todo o efetivo do município à disposição para caso seja necessário a retirada de famílias”, enfatizou.
José Melo, coordenador da Defesa Civil, informou que, em apenas 24 horas, choveu o equivalente à metade do esperado para o mês. “A previsão era de 200 milímetros até o dia 15, e ontem choveu 98,5 milímetros em menos de 24 horas”, explicou Melo, alertando que a elevação do rio deve continuar nas próximas horas.
“Estamos atualmente com 12,68 metros e cerca de sete bairros já atingidos parcialmente. Embora ainda não tenhamos um levantamento preciso das famílias afetadas, sabemos que os abrigos estão prontos e o plano de contingência em vigor”, ressaltou Melo.
Caso o nível do rio alcance 13,30 metros nos próximos dias, a retirada de famílias se tornará necessária. As equipes de emergência estão preparadas para fornecer abrigo e assistência, caso isso aconteça.
Além disso, foi destacado o trabalho realizado nos últimos quatro anos para elevar as casas mais vulneráveis à cheia, o que tem ajudado a minimizar a necessidade de evacuação. “Graças a esses esforços, conseguimos reduzir o número de famílias que precisam ser retiradas”, concluiu Melo.