Uma polêmica tomou de conta das redes nesta sexta-feira, 21. Na rede social X (ex-Twitter), uma conta fez um exposed do empresário e advogado acreano Gabriel Santos, dono do antigo Recanto e do Tonheiros Bar, alegando que ele seria “explorador”.
Gabriel, recentemente, decidiu empreender em João Pessoa, capital da Paraíba. No local, ele abriu um restaurante e bar destinado, principalmente ao público LGBTQIAPN+, além de empregar, em sua maioria, pessoas LGBTs. Nas redes, no entanto, as acusações são fortes: Santos foi denunciado de ser proprietário de um “lugar que explora trabalhador com bandeira colorida. A Placa: aqui exploramos LGBTs”.
“O dono de lá é um safado, ele explorou todos nós na inauguração e trabalhei lá durante meses sem carteira assinada. Ele pagava 80 reais por noite e dava 10 minutos de intervalo. Não tinha água no bar e muitas vezes a louça ficava suja para o outro dia”, fala outra denúncia.
Nas redes, Gabriel se defendeu. Em um desabafo, o empresário disse que, desde que decidiu entrar na vida pública, sabia que seria alvo de críticas, mas não imaginava que empreender também significaria estar exposto ao olhar público.
“Acontece que algumas dessas críticas são direcionadas para o lado pessoal, como da vez que um menino que publicou no Twitter dizendo que queria que eu e minha mãe morrêssemos simplesmente porque a gente assumiu o Tonheiro’s [Bar]. Isso faz parte do jogo, entra por um ouvido e sai pelo outro. Tem outros casos um pouco mais graves, como o menino que postou anonimamente, que não dá para saber quem é, que eu era um safado explorador”, explicou, acrescentando que não há como se defender.
“Como que a gente se defende disso? Trazendo um monte de holerite aqui? Mostrando que a gente assina a carteira de todos os funcionários regulares, a gente paga hora extra, paga a 13º, paga férias, paga FGTS, como é que a gente se defende? Ia adiantar? Ia mudar a opinião de alguém a meu respeito? Não ia”, explica.
Apesar disso, Gabriel deixou claro que está bem e que a preocupação dos amigos com ele é compreensível, mas não necessária. “Faz parte”, afirmou. “Não é a primeira nem será a última vez que isso acontece”.
Ele destacou que, embora a acusação o incomode muito, principalmente quando é algo que ele não fez, ele não pedirá desculpas por algo que não é verdade. “E ser acusado me incomoda, me incomoda muito, muito mesmo, principalmente ser acusado por algo que efetivamente eu não fiz e por não ter feito, não pedirei desculpas. Aquilo que eu posso melhorar, aquilo que é uma crítica que faz sentido, nós melhoraremos e eu vou fazer questão de melhorar. Aquilo que eu não posso melhorar, infelizmente não tem o que fazer”, reiterou.
Ao final, ele falou que há pessoas que não querem um trabalho, mas um pai. “Para poder ser negligente, para poder entrar e sair na hora que quiser, para poder fazer o que quiser. E comigo não vai dar certo, não tenho vocação pra ser pai”, finalizou.