O endividamento das famílias acreanas segue uma tendência nacional de crescimento, com 34,5% das famílias do estado afirmando estar com contas em atraso em março, segundo dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC).
Esse índice, embora ligeiramente inferior ao registrado no mês anterior (35,1%), ainda afeta um número significativo de 40.524 famílias. O fenômeno, refletido em diversos estados, destaca uma realidade difícil, especialmente entre as famílias com renda de até três salários mínimos, que são mais vulneráveis à inadimplência.
No contexto nacional, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), revela que 77,1% das famílias brasileiras estão endividadas, o maior índice desde novembro do ano anterior. Esse aumento é de 0,92%, o que corresponde a um total de 12.905.400 famílias no país. No entanto, a pesquisa também mostrou uma redução nas famílias com contas em atraso, que passaram de 4.870.890 para 4.865.140, uma leve queda de 0,12%.
No Acre, o cenário é semelhante, com 81,3% das famílias endividadas, o que representa um total de 95.538 famílias. Esse número é o mais alto desde março do ano passado, no entanto, o alívio vem de uma leve melhora no controle das contas atrasadas, indicando que as famílias estão mais cautelosas em relação aos seus compromissos financeiros. Embora o número de famílias endividadas seja elevado, houve uma diminuição de 0,6 pontos percentuais em relação às contas em atraso, apontando uma tentativa de reequilíbrio das finanças pessoais.
O aumento da concessão de crédito e a redução das taxas de juros têm impulsionado o desejo de muitas famílias de contrair novas dívidas, mesmo diante do cenário de crise. No entanto, um número crescente de famílias também declarou não ter condições de pagar suas dívidas no vencimento, com um aumento de 0,06% em relação ao mês anterior, o que equivale a 12.986 famílias nesta situação.