O campus Tarauacá do Instituto Federal do Acre (Ifac) está produzindo sabão para auxiliar estudantes afetados pelas enchentes no município. A iniciativa, conduzida por docentes e técnicos da instituição, conta com o apoio da Direção Geral, da Direção de Ensino, da Direção de Administração e do Núcleo de Assistência Estudantil (Nae).
Segundo o professor João Arthur, a produção de sabão ocorre anualmente durante o período de alagação. O trabalho normalmente envolve alunos, docentes e técnicos no Laboratório de Química do campus. No entanto, neste ano, apenas os servidores estão participando. “Desta vez, os estudantes não puderam integrar a produção, mas contamos com a colaboração dos técnicos Pollyanna, Elaine, Leilaine e Cristóvão”, explica.
Além dos técnicos, docentes como Delma, Gustavo e Evandro também estão envolvidos na ação, o diretor-geral, Denis Tomio, e o diretor de ensino, Jaime Magalhães. O Nae será responsável pela distribuição do sabão, garantindo que os produtos cheguem aos alunos atingidos pela enchente. “Os estudantes que necessitarem do sabão deverão preencher um formulário e comprovar a situação com fotos e endereço”, detalha João Arthur.
A produção conta com o apoio da empresa responsável pelo restaurante do campus, F. R. Soares Damaceno, que doou óleo para a fabricação do sabão. Graças à doação, foi possível produzir 300 litros do produto, embalados em galões de 5 litros. No ano passado foram produzidos e distribuídos aproximadamente 830 litros de sabão.
De acordo com João Arthur, a iniciativa é essencial para auxiliar as famílias no processo de limpeza pós-enchente. “Quando o nível do rio baixa e as pessoas retornam para suas casas, encontram um grande acúmulo de lama, resultado dos sedimentos trazidos pela água. A limpeza e desinfecção dos ambientes, móveis e utensílios demandam tempo e uma grande quantidade de produtos de limpeza”, destaca.
O diretor do campus, Denis Tomio, reforça o compromisso da instituição com a comunidade. “Desde a nossa instalação no município, estamos atentos às dificuldades da população. Em 2021, chegamos a servir como abrigo quando até mesmo os espaços municipais para acolhimento foram atingidos pelas enchentes. Desde então, temos buscado contribuir para amenizar os impactos das cheias”, afirma.
Para Tomio, a limpeza pós-alagação é um processo demorado, mas essencial para a saúde pública. “A iniciativa dos nossos servidores é fundamental, especialmente em momentos difíceis como este. Essa ação mostra que o Ifac está comprometido com a comunidade, principalmente diante dos desafios causados pelas enchentes”, conclui.