O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, revela que a inflação acelerou, em fevereiro, 1,06% em Rio Branco.
O número é inferior ao nacional (1,31%) e foi impulsionado, principalmente, pelo aumento nos valores do ovo (+15,25%) e do tomate (+8,45%), pela alta de 7,5% nas tarifas de energia elétrica e pela subida nas mensalidades escolares (+3,92%).
De acordo com o Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Economia da Universidade Federal do Acre (Ufac), a inflação sobre os alimentos foi agravada por situações climáticas adversas que reduziram a oferta de produtos agrícolas.
Já o reajuste na tarifa de energia foi reflexo do fim dos subsídios temporários, o que elevou o custo para consumidores e impactou fortemente o quesito Habitação.
Por outro lado, o setor de transportes teve retração de 0,26%, puxada pela queda de 18,83% no preço das passagens aéreas “devido a promoções sazonais e ajustes de demanda pós-alta temporada”, explicou o PET Economia.
O limão e o abacate também ficaram mais baratos na capital acreana, assim como serviços de lazer, como cinema, teatro e concertos, que registraram redução de 11,53% nos valores.
Mais da metade dos produtos e serviços monitorados registraram subida nos preços, o que, segundo o PET Economia, demonstra aumento foi estrutural. A consequência disso é que a alta pode persistir pelos próximos meses.