Os deputados estaduais Arlenilson Cunha (PL) e Edvaldo Magalhães (PCdoB) protagonizaram um embate na manhã desta quarta-feira, 12, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), após o parlamentar bolsonarista pedir anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Magalhães apontou a contradição de o colega se autoproclamar liberal ao mesmo tempo em que defende a soltura de criminosos que tentaram viabilizar um golpe de estado ao invadir e depredar a sede dos três poderes.
Segundo a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), a ideia dos acampamentos golpistas e das invasões, estimuladas por setores das Forças Armadas, era criar, no país, um clima de caos para que militares agissem e colocassem em prática o plano bolsonarista de depor o presidente Lula (PT), eleito em 2022.
“Vossa excelência, como um liberal, acha que pedir intervenção militar, fechamento do Congresso Nacional e fechamento da Suprema Corte não é um crime de lesa pátria, de traição da Constituição, e defende, hoje, a anistia dos que queriam fechar o Congresso? Vocês não querem anistia para as velhinhas, querem para Bolsonaro, o chefe da quadrilha que queria fechar o congresso e impor uma ditadura”, disse Magalhães.
Arlenilson retrucou afirmando que o golpe nunca existiu (ignorando que a denúncia da PGR não diz respeito à consumação do golpe, mas, sim, à tentativa, que já configura como crime grave e passível de prisão).
“O que existe é narrativa”, rebateu o liberal. “O que nós estamos tratando é de revanchismo e de uma instrumentalização do poder Judiciário, principalmente da Suprema Corte brasileira”, continuou Cunha.
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