Em reunião em Brasília nesta terça-feira, 18, lideranças do Progressistas de todo o país autorizaram o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira, a negociar a formação de uma federação com o União Brasil.
A decisão representa um importante passo em direção à junção das duas siglas. Agora, a bola está com o UB, que vai reunir seus caciques ainda esta semana para deliberar sobre o “casamento” com o PP.
Se sair do papel, a superfederação embaralharia o cenário eleitoral no Acre para 2026. Isso porque ambos os partidos já possuem seus pré-candidatos ao governo. São eles a vice-governadora Mailza Assis (PP) e o senador Alan Rick (UB), que, desde o ano passado, tentam se projetar para a disputa pelo Palácio Rio Branco.

A primeira se vende como pré-candidata natural por ser vice do governador Gladson Cameli, que também preside o PP no estado. Já o parlamentar federal lidera as pesquisas de intenções de voto e diz estar à disposição da vontade popular.
As pretensões colocaram os dois políticos em rota de colisão, culminando, neste ano, na exoneração, nos quadros do governo, da mãe, da irmã e de dois amigos do senador, marcando o rompimento entre Alan e o Gladson.
A federação, se formada, será comandada, nos estados, pelos governadores filiados aos partidos, ou seja, no Acre, o senador teria de prestar continência a Gladson e poderia ter sua pré-candidatura rifada.

Na semana passada, o governador, após voltar de Brasília, declarou à imprensa que a federação já é dada como certa. Alan Rick, por sua vez, não demorou a se posicionar, dizendo que o governador estava equivocado. Segundo o parlamentar, 90% dos quadros do UB são contra a junção das duas agremiações.
“A federação do Progressistas com o União Brasil não deve prosperar”, declarou o senador, que disse, ainda, ter o aval da direção nacional do seu partido para manter a pré-candidatura ao governo do estado.

Procurada nesta quarta, 19, para comentar a aprovação da federação pelo PP, a assessoria de Alan Rick afirmou que o senador vai aguardar a deliberação da sua sigla para definir os próximos passos políticos.
A junção dos dois partidos formaria uma superbancada na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, e abocanharia, ainda, os maiores repasses de verba pública para bancar campanhas eleitorais em 2026.
Assista o momento em que as lideranças do PP aprovam a federação: