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União Brasil deve decidir fusão com o PP nesta sexta. No Acre, lideranças do partido são contra

União Brasil deve decidir fusão com o PP nesta sexta. No Acre, lideranças do partido são contra

Foto: Arquivo

Está marcada para esta sexta-feira, 21, em Brasília, a reunião das lideranças do União Brasil para decidir se o partido vai ou não compor federação com o Progressistas. As duas siglas dialogam sobre o assunto desde o ano passado, mas somente agora decidiram deliberar sobre a fusão, que teria duração de, pelo menos, quatro anos.

No início desta semana, o PP sinalizou favoravelmente ao “casamento” com o União Brasil, restando apenas a este partido decidir se aceita ou não a junção. Se sair do papel, a federação formaria uma superbancada na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, e abocanharia os maiores repasses de verbas para eleição.

A possível união das duas siglas embaralha o cenário eleitoral no Acre para 2026. Isso porque ambos os partidos já possuem seus pré-candidatos ao governo. São eles a vice-governadora Mailza Assis (PP) e o senador Alan Rick (UB), que, desde o ano passado, buscam se projetar para a disputa pelo Palácio Rio Branco.

Mailza se vende como pré-candidata natural por ser vice do governador Gladson Cameli. Já o parlamentar federal aparece bem colocado nas pesquisas de intenções de voto e diz estar à disposição da vontade popular.

As pretensões colocaram os dois políticos em rota de colisão, culminando, em fevereiro, na exoneração, nos quadros do governo, da mãe, irmã e dois amigos do senador, marcando o rompimento entre Alan e Gladson.

A federação, se formada, será comandada, nos estados, pelos governadores filiados aos partidos, ou seja, no Acre, o senador teria de prestar continência a Gladson e poderia ter sua pré-candidatura rifada.

Por causa disso, lideranças locais do União Brasil se opõem à federação, que, segundo Alan, não deve prosperar. O senador argumentou que 90% dos quadros da agremiação em todo o país são contra a junção.

Um desses quadros é o líder do partido na Câmara dos Vereadores de Rio Branco, Rutênio Sá, que declarou, nesta quinta, 20, ser contra a fusão por entender que, no estado, a sigla está “muito bem estruturada”.

O senador Márcio Bittar não tem falado sobre o assunto porque está em vias de se filiar ao Partido Liberal, sigla do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e do prefeito de Rio Branco Tião Bocalom.

Alan Rick não participará da reunião que decidirá o futuro do União Brasil, pois está no Acre nesta sexta, 21. Porém, ele garante que sua pré-candidatura ao governo tem o aval da executiva nacional da agremiação.

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