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Documentário sobre cantora acreana estreia neste sábado em Rio Branco

Documentário sobre cantora acreana estreia neste sábado em Rio Branco

Nazaré Pereira e Luiz Gonzaga nas ruas de Paris, em 1982. Foto: cedida

O gênero audiovisual de documentário tem poder singular na arte de narrar a vida de personagens reais e de dar visibilidade a histórias que, muitas vezes, ficam à margem dos holofotes. Com esse intuito, o longa-metragem Nazaré de Xapuri, dirigido e produzido por Adalberto Queiroz, tem estreia marcada para este sábado, 8, às 14h30, no auditório do Museu dos Povos Acreanos, em Rio Branco. A obra surgiu de um projeto apresentado à Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) e foi viabilizada por meio da Lei Paulo Gustavo.

O filme revela detalhes biográficos e artísticos sobre a cantora e compositora xapuriense, que aos 7 anos deixou o Acre e se mudou para Belém (PA) com a mãe. Após concluir o ensino médio, transferiu-se para o Rio de Janeiro (RJ) para estudar teatro, quando descobriu sua paixão pela música e pela dança. Pouco tempo depois, começou a compor e interpretar suas próprias canções, que a levaram aos palcos da França, onde vive até hoje.

Apesar de a artista ter se aproximado de grandes nomes da música brasileira, como Luiz Gonzaga, sua trajetória ainda é pouco conhecida em sua terra natal. Com isso, Adalberto Queiroz identificou a necessidade e a oportunidade de revelar o talento de Nazaré Pereira à população acreana.

Duas pré-estreias do longa já foram realizadas, uma em Xapuri e outra no Cine Teatro Recreio, em Rio Branco.

Sobre a obra

Além de narrar a vida da artista, o filme também mostra um pouco da rotina dos seringueiros no interior do estado. De acordo com o produtor e diretor, o longa proporcionará aos telespectadores a oportunidade de descobrir a trajetória de alguém que saiu da Amazônia e encantou o mundo com sua voz e gingado.

“Com esse documentário, a gente pretende dar acesso ao povo a uma acreana que não é muito conhecida em seu estado. O documentário traz um perfil da sua verve artística e histórica. Assim, proporcionamos ao público informações que são peculiares da nossa terra, sobre a vida nos seringais e os caminhos dessas pessoas. E saber que é uma personalidade que sai de dentro da floresta, ganha o mundo e se revela como um verdadeiro talento musical”, relata Alberto.

Adalberto, que também é presidente da Academia Acreana de Letras (AAL), destacou, ainda, que o desenvolvimento do roteiro contou com a colaboração de diversos acreanos, incluindo pessoas de Xapuri e jornalistas.

“É uma produção feita por muitas mãos. Até jornalistas participaram da construção desse acontecimento. Espero que a gente tenha um auditório pequeno para o público que desejamos colocar para assistir”, afirmou.

O documentário oferece uma visão profunda sobre Nazaré Pereira, que construiu sua carreira artística na Europa, levando a riqueza da cultura amazônica ao mundo. Com dedicação e paixão, ela mostra a biodiversidade, as tradições e as músicas da Amazônia, revelando a força de sua terra natal. Ao explorar os desafios e conquistas de Nazaré, o filme permitirá ao público compreender melhor seu papel como mulher e artista, usando a arte para valorizar a cultura amazônica.

Por: Agência de Notícias do Acre

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