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Titanic: documentário e modelo 3D trazem fatos inéditos sobre o naufrágio

Titanic: documentário e modelo 3D trazem fatos inéditos sobre o naufrágio

Equipe da Magellan criou um "gêmeo digital" em escala real do Titanic • Atlantic Productions/Magellan via CNN Newsource

Um novo documentário revela os incríveis resultados de um projeto para criar varreduras submarinas em 3D do malogrado transatlântico RMS Titanic, que naufragou há 113 anos.

“Titanic: A Ressurreição Digital” conta a história de como a empresa de mapeamento em águas profundas Magellan criou “o modelo mais preciso do Titanic já feito: um gêmeo digital em escala real, 1:1, preciso até o último rebite”, segundo um comunicado da National Geographic, publicado na terça-feira (8).

Quando o Titanic zarpou em 10 de abril de 1912, era o maior navio de passageiros em serviço e considerado inafundável. Apenas quatro dias depois, a viagem inaugural do Titanic tornou-se uma tragédia internacional quando ele colidiu com um iceberg no Atlântico Norte às 23h40 de 14 de abril. Afundou em menos de três horas.

O navio não tinha botes salva-vidas suficientes para as aproximadamente 2.220 pessoas a bordo. Mais de 1.500 pessoas morreram no acidente, e o Titanic tornou-se o naufrágio mais famoso da história. Houve pouco mais de 700 sobreviventes.

O documentário de 90 minutos da National Geographic permite ao cineasta Anthony Geffen “reconstruir os momentos finais do navio, desafiando suposições antigas e revelando novas descobertas sobre o que realmente aconteceu naquela noite fatídica em 1912”, segundo o comunicado.

No filme, o analista do Titanic Parks Stephenson, a metalurgista Jennifer Hooper e o mestre marinheiro Chris Hearn caminham por uma reprodução em tamanho real do navio, destacando detalhes anteriormente ocultos.

Uma descoberta crucial é uma válvula de vapor visivelmente aberta, que corrobora relatos de que os engenheiros mantiveram seus postos na Sala de Caldeiras Dois por mais de duas horas após o Titanic atingir o iceberg.

Isso manteve o fornecimento de eletricidade e permitiu que a tripulação enviasse sinais de socorro, significando que os 35 homens na sala de caldeiras podem ter se sacrificado para salvar centenas de outras pessoas.

A equipe também reconstrói fragmentos do casco encontrados espalhados pelo local, revelando que o Titanic não se partiu em dois, mas “foi violentamente dilacerado, rasgando através das cabines de primeira classe onde passageiros proeminentes como J.J. Astor e Benjamin Guggenheim podem ter buscado refúgio enquanto o navio afundava”.

A varredura também ajuda a inocentar o Primeiro Oficial William Murdoch, que foi acusado de abandonar seu posto. A posição de um turco de bote salva-vidas, um equipamento usado para baixar as embarcações, corrobora o testemunho de que Murdoch foi, na verdade, arrastado para o mar enquanto a tripulação se preparava para lançá-lo.

As varreduras da Magellan também revelam como partes dos destroços estão desmoronando, mas a National Geographic afirmou que o gêmeo digital significa que “o Titanic está preservado em perfeito detalhe como aparecia em 2022, garantindo seu lugar na história para as gerações futuras e marcando uma nova era na arqueologia subaquática”.

“Titanic: A Ressurreição Digital” estreará no National Geographic dos Estados Unidos na sexta-feira (11) e deve estar disponível no serviço de streaming Disney+ a partir de sábado (12).

Por: CNN Brasil

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