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Megaoperação desarticula grupo que incita crimes contra crianças na internet

Megaoperação desarticula grupo que incita crimes contra crianças na internet

Uma grande rede articulada que incitava crimes contra crianças foi desarticulada na manhã desta terça-feira (15/4) em operação da Polícia Civil do RJ - (crédito: FREEPIK)

Uma megaoperação da Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou, na manhã desta terça-feira (15/4) uma das maiores quadrilhas do país voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Até às 09h30, a polícia comunicou a prisão de dois homens e a apreensão de dois menores.

Os mandados prisão preventiva e de busca e apreensão são cumpridos em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

Os mandados prisão preventiva e de busca e apreensão são cumpridos em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

A investigação da operação deflagrada nesta terça-feira começou em fevereiro, quando um menor de idade filmou um ataque a uma pessoa em situação de rua e transmitiu o crime pela internet. A partir da investigação desse crime foi identificado que não se tratava de um caso isolado e uma organização criminosa estava por trás da ação.

No mês passado, a Polícia Civil de Goiás cumpriu busca e apreensão contra um menor de idade, de Caldas Novas (GO), que teria participação no crime.

Segundo a polícia do Rio de Janeiro, a partir da apuração do crime cometido em fevereiro contra o homem em situação de rua foi identificada uma rede criminosa altamente estruturada que praticou diversos crimes, entre eles tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral. Os alvos identificados são principalmente crianças e adolescentes.

“As investigações, conduzidas pela especializada da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelaram uma atuação criminosa que se espalhava por diferentes plataformas digitais, utilizando mecanismos de manipulação psicológica e aliciamento de vítimas em idade escolar, em um cenário de extremo risco à integridade física e mental de crianças e adolescentes”, informa a Polícia em nota.

Conforme a corporação, a agências independentes dos Estados Unidos emitiram relatórios sobre a atuação do grupo, que se expande por vários países e redes sociais distintas.

“A Operação Adolescência Segura representa um marco significativo no combate à criminalidade digital no Brasil e reafirma o compromisso da Polícia Civil com a proteção dos direitos fundamentais da infância e da juventude, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As investigações seguem para identificar os demais integrantes da organização criminosa”, comentou a corporação.

Caso Sarah Raíssa Pereira
Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, moradora de Ceilândia morreu no último domingo, possivelmente vítima do “desafio do desodorante” — prática que circula nas redes sociais e consiste em inalar aerossóis pelo maior tempo possível. A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando o caso e busca apurar quem são os responsáveis por incitar a prática.

A situação levou a deputada Maria do Rosário a colher assinaturas com o objetivo de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar crimes na internet contra crianças.

Por: Correio Braziliense

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