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Acre lidera ranking nacional de incidência de zika vírus, com maior número de casos por habitante no país

Acre lidera ranking nacional de incidência de zika vírus, com maior número de casos por habitante no país

O Acre ocupa, atualmente, o primeiro lugar no ranking nacional de incidência de casos prováveis de Zika vírus, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados até o dia 2 de abril deste ano. O Estado registra 26,3 casos prováveis para cada 100 mil habitantes, superando o Mato Grosso, que aparece em segundo lugar com 22,8 casos por 100 mil.

Até o momento, foram notificados 232 casos de zika vírus no Acre apenas nas 12 primeiras semanas epidemiológicas do ano. Não houve registro de óbitos relacionados à doença.

O perfil dos casos mostra predominância entre mulheres (59%), especialmente na faixa etária de 20 a 29 anos. Outro dado relevante é que 87,5% dos infectados são pessoas pardas, segundo as notificações registradas.

O que é o zika vírus?

O zika é uma arbovirose causada pelo vírus ZIKV (Zika Vírus), pertencente à mesma família dos vírus da dengue e chikungunya. Foi identificado pela primeira vez em 1947, em macacos da floresta Zika, em Uganda, e isolado em humanos pela primeira vez em 1953, na Nigéria.

Embora muitas infecções sejam assintomáticas ou apresentem apenas sintomas leves, o vírus ganhou notoriedade global após sua associação a complicações neurológicas graves, como a microcefalia congênita e a síndrome de Guillain-Barré (SGB), documentadas em surtos no Brasil e na Polinésia Francesa.

Sintomas e cuidados

Mais da metade dos infectados podem apresentar sintomas, que geralmente se manifestam de 2 a 7 dias após a infecção. Os sinais clínicos mais comuns incluem:

Apesar de normalmente apresentar um curso leve e autolimitado, o zika vírus exige atenção especial em mulheres grávidas, devido ao risco de transmissão vertical e possíveis malformações fetais.

As autoridades de saúde reforçam a importância de medidas preventivas, como o controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, e o acompanhamento de gestantes, para evitar novas complicações associadas à doença.

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