Em meio ao regime ditatorial militar, que durou de 1964 a 1985, o Acre vivia uma realidade de extrema precariedade, refletindo os baixos índices de desenvolvimento humano que marcavam o Brasil como um todo. Pelo menos, é o que aponta um levantamento feito pelo site Brasil em Mapas, que utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
De acordo com o estudo, o cenário no Acre era desolador. Mais de 70% da população vivia na pobreza, na década de 1970. Ao mesmo tempo, 70% da população acreana era analfabeta e a mortalidade infantil no estado superava 80 mortes a cada mil nascidos vivos. Além disso, a expectativa de vida no Acre variava entre 52 e 60 anos.
A infraestrutura também era precária. Apenas 20% da população tinha acesso à energia elétrica, e somente 10% tinha rede de esgoto em casa.
Nacionalmente, os números também não eram bons. Em meados da ditadura militar, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil era de 0,462, considerado “muito baixo”, similar ao IDH da Guiné, no oeste africano hoje. Além disso, aproximadamente 90% da população brasileira era carente, com uma taxa de 68% de pobreza nacional.
A educação era outro fator que refletia o baixíssimo desenvolvimento humano no nosso país: mais de 1/3 da população brasileira era analfabeta, com uma taxa de 34% de analfabetismo. No índice de saúde e bem-estar, a mortalidade infantil do país era extrema.
No acesso a bens e serviços básicos, em 1970 o acesso a energia elétrica era de 34%. O país inteiro vivia na escuridão ou no racionamento de energia, principalmente noturno. Em áreas rurais o acesso era de apenas 8%. Do acesso a alguns bens: 24% tinham TV em casa; 26%, geladeira; e 9%, possuíam algum veículo particular, concentrados principalmente na classe média.