Nos dois primeiros meses de 2025, 23 pessoas perderam a vida de forma violenta no Acre. O levantamento, feito pelo Painel de Acompanhamento de Mortes Violentas Intencionais (MVI) do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), revela ainda que a capital, Rio Branco, lidera as estatísticas com 60,87% das mortes registradas, totalizando 14 casos.
O número, apesar de alto, apresenta uma redução de 46,51% quando comparado com o mesmo período de 2024, quando 43 pessoas morreram de forma violenta no Acre.
Ainda segundo o estudo, o interior do Acre teve 9 homicídios, representando 39,13% dos casos. As cidades mais afetadas no interior foram Cruzeiro do Sul, com 3 mortes, e Sena Madureira, com 2. Além dessas, foram registradas vítimas em Assis Brasil, Jordão, Mâncio Lima e Xapuri, com 1 homicídio cada.
Entre as vítimas, a maioria era do sexo masculino (22 dos 23 casos) e a faixa etária predominante foi de 30 a 34 anos, com 5 mortes registradas. A população parda foi a mais afetada, com 18 dos 23 casos registrados.
Em relação aos dias da semana, os sábados se destacaram como o dia mais violento, concentrando 30,43% dos homicídios. O tipo de arma utilizada também foi um dado relevante: as armas de fogo foram responsáveis por 56,52% dos crimes, seguidas pelas armas brancas, que somaram 26,09%. Outros meios foram utilizados em 17,39% dos casos.
O levantamento do MPAC também revelou que, no que diz respeito às motivações, a maioria das mortes ainda está sob investigação (39,13%).
Contudo, os conflitos entre facções criminosas e o tráfico de drogas apareceram como a segunda maior causa de homicídios, com 30,43% dos casos. Outros fatores como motivos fúteis, brigas por bebedeira, feminicídios, latrocínios, legítima defesa e crimes passionais foram responsáveis por uma porcentagem menor dos crimes, variando entre 4,35% e 13,04% de cada.