O Acre registrou 59 conflitos por terra no ano passado, informa um relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgado nesta quarta-feira, 23. O número representa 3,3% do total de violências do tipo relatados no Brasil (1.768).
A maioria desses conflitos (28) se deu contra seringueiros, enquanto 26 deles teve a participação de posseiros. Violências contra indígenas somam 5 no estado.
O município de Acrelândia lidera o quantitativo no estado, com 15 registros de conflitos, seguido por Rio Branco (12), Manoel Urbano e Sena Madureira (7, cada), Cruzeiro do Sul (5) e Capixaba (2).
Tiveram um único episódio de violência os municípios de Brasiléia, Bujari, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Xapuri.
Cinco áreas sobrepostas entre dois municípios também registraram uma ocorrência, cada. São eles: Capixaba/Senador Guiomard, Cruzeiro do Sul/Feijó, Cruzeiro do Sul/Mâncio Lima, Manoel Urbano/Sena Madureira e Manoel Urbano/Feijó.
Conflitos pela água
O relatório também traz dados sobre conflitos pela água. O Acre registrou, em 2024, três violências do tipo.
Uma delas foi em Acrelândia, na comunidade Granadinha, onde vivem 64 famílias, e envolveu contaminação por agrotóxico.
O não cumprimento de procedimentos legais foi a causa de outro conflito, desta vez em Cruzeiro do Sul, na Colônia de Pescadores Z-1, onde moram 521 famílias.
Por fim, o Seringal São Bernardo, em Rio Branco, registrou uma violência ocasionada por poluição da água.