A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre decidiu, por unanimidade, acatar o recurso do Ministério Público e decretar a prisão preventiva de Mirnna de Souza Fidélis, Joel Costa da Silva (conhecido como “Russo” ou “Alisson”) e Geilson Almeida Cunha (conhecido como “Magneto”).
Os três são acusados de envolvimento na morte do empresário Lucas Sales Palú, crime ocorrido no dia 6 de junho de 2023, em frente a uma lanchonete em Rio Branco.
A decisão reformou o entendimento anterior do Juízo da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco, que havia aceitado a denúncia, mas negado o pedido de prisão preventiva feito pelo MP. Em sede liminar, havia sido autorizada apenas a prisão temporária dos investigados por 30 dias, posteriormente não prorrogada.
Investigação
Segundo a investigação, a vítima foi abordada por três homens armados quando chegava à casa da namorada. Ao perceber que Lucas estava armado, um dos autores efetuou disparos, provocando a morte do empresário. O grupo fugiu sem levar o veículo.
Consta nos autos que o adolescente envolvido no crime, genro de Mirnna Fidélis, residia com ela e saiu da casa da denunciada com os outros dois acusados portando armas de fogo que teriam sido fornecidas por ela.
Uma hora após o crime, os envolvidos teriam retornado ao imóvel e comunicado que haviam matado um homem. Mirnna, segundo a denúncia, providenciou passagem aérea para o adolescente fugir para João Pessoa (PB).
Esquema de roubo de veículos
A denúncia aponta ainda que os acusados fazem parte de um esquema de roubo de veículos, especialmente caminhonetes, com envio dos automóveis para a Bolívia. Entre as armas utilizadas no crime estariam duas pistolas calibre .40 e um revólver calibre .38, que, conforme a acusação, pertenciam a Mirnna.
Além do crime contra Palú, os três foram denunciados também por corrupção de menores.
Ao acatar o recurso, a relatora do processo, desembargadora Denise Bonfim, destacou que havia indícios suficientes de autoria e materialidade, e que a liberdade dos acusados representava risco à ordem pública, já que todos possuem histórico de envolvimento em outros delitos. A Procuradoria de Justiça também havia se manifestado favoravelmente à decretação da prisão preventiva.
Com a nova decisão, foram expedidos os mandados de prisão preventiva.