O cheiro do café recém-passado ainda toma conta do ambiente quando Eveline Alencar começa a contar sua trajetória. De origem humilde e com raízes no município de Sena Madureira, a empresária decidiu, em 2019, deixar para trás sua carreira no agronegócio para apostar em um sonho: abrir uma cafeteria com marca própria.
“Sou apaixonada por café desde criança”, revela. Foi essa paixão que a motivou, junto com dois amigos, a fundar a primeira unidade do Coffee House, inaugurada em agosto de 2019, na Avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco. O início, no entanto, não foi fácil.
Apenas cinco meses após abrir as portas, veio a pandemia da Covid-19 e Eveline precisou fechar o negócio temporariamente. “Fechamos por seis meses. Reabrimos e seguimos firmes. Os sócios saíram, e fiquei apenas eu à frente da cafeteria”, conta.
Mesmo diante dos desafios, o Coffee House não só sobreviveu como cresceu. Atualmente, Eveline lidera três unidades da marca, sendo uma, destinada apenas a delivery, e comanda uma equipe de 24 colaboradores. Apesar das dificuldades com a rotatividade e a contratação de mão de obra qualificada, ela comemora o sucesso e já vislumbra novos horizontes: a transformação do negócio em franquia.
“Estamos com um projeto maravilhoso de franquia. Vai dar certo, e o Brasil vai conhecer o nosso café”, diz confiante.
Mas o segredo, segundo ela, não está apenas no café. “Persistência é essencial. E coragem. Empreender exige que você acredite no que está fazendo, mesmo com todos os obstáculos. Aqui no Acre, a logística é complicada, o custo dos insumos é alto, mas a gente não pode ter medo.”
Além do café, o Coffee House oferece um cardápio variado de pratos doces e salgados, funcionando das 9 horas às 21 horas, com foco em qualidade e atendimento. Para Eveline, o diferencial está no cuidado com cada detalhe: “Temos controle de qualidade nos pratos, usamos insumos de primeira. Tudo pensado com carinho.”
E enquanto sonha com a expansão nacional, ela segue firme no lema que resume sua jornada até aqui: “De Sena Madureira pro mundo”. Isto porque ela planeja abrir a própria franquia, expandindo os negócios – inicialmente – para o município de Porto Velho. “No Acre, temos um grande problema de logística. Você sabe muito bem o transporte, a distância que estamos, o custo do nosso produto é muito elevado pra chegar aqui, mas, para quem quiser, o conselho é meter a cara, com fé, coragem. No final das contas, é gostoso”, finaliza.