Um morador da Baixada da Sobral entregou aos vereadores de Rio Branco, na manhã desta terça-feira, 16, um abaixo-assinado contra a transferência do Centro Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) para o bairro.
O gesto ocorreu durante um debate sobre o tema no parlamento-mirim, onde Lívio Veras compareceu representando os moradores da regional. Além dele, participaram o secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, João Marcos Luz; o vice-presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Marcello Moura; e do promotor de Direitos Humanos do Ministério Público do Acre (MPAC), Thales Ferreira.
Lívio, que é vice-presidente estadual do partido do governador Gladson Cameli, o Progressistas, disse que o problema das pessoas em situação de rua não pode cair no colo dos moradores da regional. A prefeitura tenta levar o Centro Pop para lá porque o bairro possui diversas estruturas estratégicas para essa população, como UPA, CRAs, delegacia de polícia, restaurante popular, entre outros.
“Não somos contra essas pessoas. Elas merecem, sim, um tratamento mais humano e digno. Mas nós, da Baixada, não concordamos com a transferência do Centro Pop para lá. Onde estão as casas terapêuticas?”, questionou.
João Marcos Luz, titular da Sasdh, esclareceu que o poder público não pode obrigar pessoas em situação de rua e drogadição a se internarem nas casas terapêuticas. A iniciativa, segundo o gestor, deve partir da própria pessoa.
“As pessoas estão misturando o debate das casas terapêuticas com o Centro Pop, que é, basicamente, um escritório de apoio a quem está em situação de rua. Ou a sociedade entende o problema ou vamos ficar tratando essa população como miserável e sem direitos, sendo que são seres humanos que precisam de ajuda. Não podemos abandoná-las”.
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