A liberação do motorista Talysson da Silva Duarte, 27 anos, após um acidente com morte e três feridos graves, causou repercussão pública e levantou dúvidas sobre os procedimentos adotados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rio Branco. O caso ocorreu na tarde de quinta-feira, 17, na Via Verde (BR-364), nas proximidades da Terceira Ponte.
De acordo com a PRF, o condutor da caminhonete foi liberado do local por motivos de segurança, diante de um possível risco de agressão. Ainda segundo a corporação, o teste do etilômetro foi realizado e os dados foram colhidos para posterior apresentação à Delegacia de Flagrantes (Defla).
O acidente envolveu quatro vítimas: Márcio Pinheiro da Silva, 46 anos, que morreu no local; Fábio Farias de Lima, 34, e Carpeggiane de Freitas Lopes, 46, ambos da empresa VIP; além da motociclista Rayane Xavier Lima Verde, 31. Os três foram encaminhados em estado grave ao hospital.
Relatos de testemunhas contestam a versão da PRF. Segundo essas pessoas, havia efetivo policial suficiente no local para garantir a segurança do motorista, incluindo militares da PM e agentes da própria PRF. Também foi questionada a realização do teste de bafômetro, que não teria sido presenciado por quem acompanhava a ocorrência.
A movimentação do motorista após o acidente também chamou atenção: ele teria deixado o local em um veículo Ônix preto, em direção ao Segundo Distrito. A reportagem confirmou que Talysson não compareceu na Delegacia de Flagrantes (DEFLA) para os devidos procedimentos.
O caso gerou suspeitas sobre uma possível falha de procedimento. Conforme o Código de Processo Penal, o condutor envolvido em acidente com vítima fatal ou lesões graves deve ser encaminhado à autoridade policial para apuração imediata dos fatos.