Após o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) emitir, nesta quinta-feira, 10, nota em que repudias as postagens preconceituosas da universitária, foi a vez do Ministério Público do Acre (MPAC) instaurar uma notícia de fato criminal contra a estudante que ofendeu os acresnos nas redes sociais, Assúria Mesquita, requisitando a abertura para apuração de crime de xenofobia.
Assúria ganhou fama nas redes sociais após postar frases supostamente preconceituosas contra o povo acreano. No X, antigo Twitter, a jovem chama os acreanos de “sebosos”, e sugere a necessidade de mais geneticistas no Acre. “cada aberração que precisa ser estudada (sic), descreve.
O fato ganhou um patamar ainda maior porque Assúria é filha de Assubanípal Barbary Mesquista, secretário de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia. O gestor se pronunciou em nota de solidariedade, e expressou apoio ” àqueles que se sentiram afetados pelas palavras” da jovem.
O MPAC informou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) passou a considerar como crime de racismo os atos que discriminam brasileiros em virtude de sua origem nacional. Previsto na Lei Nº 9.459/97, enquadra aqueles que possam praticar, induzir, incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
“O objetivo da instauração do inquérito policial é apurar quais foram as circunstâncias que essa pessoa praticou esses xingamentos contra os acreanos, e quais foram as motivações, as circunstâncias e as condições que ela praticou a fala, além de apurar se configura crime de xenofobia” destacou o promotor de Justiça Thalles Ferreira.