A Prefeitura de Rio Branco renovou, nesta terça-feira, 8, decreto de situação de emergência na área de captação de água da Estação de Tratamento 2 (ETA 2). O anúncio foi feito pelo prefeito em exercício de Rio Branco, Alysson Bestene.
O decreto prorroga, por mais um ano, as ações que devem ser desenvolvidas para que o problema de captação seja resolvido e que a estação de tratamento atue – sem maiores problemas – pelos próximos 10 anos.
Segundo Bestene, o pedido do prefeito Tião Bocalom foi de empenho, por parte da gestão, no sentido de evitar a descontinuidade do abastecimento de água, mesmo diante dos agravamentos recentes, como a interrupção do funcionamento ocorrida no último dia 13 de março, quando o flutuante da ETA 2 virou devido à correnteza do Rio Acre e acúmulo de balseiros, decorrentes da enchente do manancial.
“Agora, que o Rio Acre vem baixando a tendência é dos acúmulos de barro, de areia, o que pode agravar ainda mais a situação da ETA 2. Mesmo assim, a gente tem que se antecipar aos problemas buscando a prevenção – e ao mesmo tempo a correção – usando esses recursos”, enfatiza. Ao todo, serão R$ 16,8 milhões destinados à recuperação da estação. “Estamos fazendo todo esse monitoramento das margens do Rio Acre, em especial onde fica tanto a ETA 1 como a ETA 2. Continuaremos com esses esforços todos para entregar toda essa solução”.
De acordo com o diretor-presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Pereira – do pleiteado pela gestão, de R$ 16,8 milhões, já foram sinalizados R$ 9,6 milhões, que devem ser repassados de imediato. “Destes, R$ 3 milhões já foram liberados. Isso vai nos dar o alívio para que a captação não pare mais: vamos fugir do paliativo para termos uma estrutura que vai realmente atender uma captação segura”, enfatizou.
Defesa civil acompanha situação desde o ano passado
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, a Defesa Civil vem acompanhando a situação das estações de tratamento de água desde abril do ano passado. “A situação não melhorou, pelo contrário, tivemos o agravamento. Antes, era apenas a ETA 2, responsável por 60% do abastecimento de Rio Branco. Com o problema da ETA 1, temos o risco de 100% do desabastecimento”, esclarece.
Com os recursos, a ideia é fazer com que a ETA 2 jogue a água que captada para a ETA 1, tirando o risco de desabastecimento. “Com a vazante do Rio Acre, haverá ainda mais movimentação de massa na região. Então, faremos todo um trabalho para evitar que haja o desabastecimento de água, garantindo a captação de 1.600 litros por segundo”, finalizou.
Em março deste ano, tanto a ETA 1 quanto a ETA 2 tiveram problemas. Enquanto a ETA 2 sofreu um afundamento causado por um balseiro do Rio Acre, a ETA 1 foi afetada quando o flutuante da estação virou devido à correnteza do rio e aos balseiros.
