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Trio é condenado a mais de 70 anos por executar jogador no Acre após foto com gesto associado a facção

Trio é condenado a mais de 70 anos por executar jogador no Acre após foto com gesto associado a facção

Vítima foi morta a tiros em março deste ano em Rio Branco Foto: Arquivo pessoal

Os réus Andrey Borges Melo, Darcifran de Moraes Eduíno Júnior e Kauã Cristoyan Almeida Nascimento foram condenados a penas que, somadas, chegam a 77 anos de prisão pelo assassinato do jogador pernambucano Thiago Oseas Tavares da Silva, de 18 anos.

O crime ocorreu em 31 de março deste ano durante uma festa no bairro Santa Inês, em Rio Branco, e foi motivado por uma suspeita de ligação do atleta com uma facção criminosa.

Thiago, que havia acabado de chegar ao Acre para disputar uma competição Sub-20 pelo Santa Cruz-AC, foi executado com três tiros após os réus invadirem uma festa à procura de supostos integrantes de uma organização rival. Armados, eles revistaram os celulares de várias pessoas presentes e encontraram uma foto do jogador fazendo o gesto de “V” com os dedos — símbolo associado à vitória, mas que foi deturpado por facções criminosas locais.

O julgamento ocorreu na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco. Os jurados reconheceram a culpa dos três acusados pelos crimes de homicídio qualificado, constrangimento ilegal, corrupção de menores e promoção de organização criminosa. As penas individuais foram fixadas em 21, 24 e 32 anos de prisão, todas em regime fechado.

Durante o julgamento, o juiz Fábio Farias destacou a frieza com que o crime foi cometido e os impactos emocionais causados à família da vítima. Em sua sentença, ressaltou a brutalidade do ato e a dor da mãe do jovem.

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