Com 17 prisões e um prejuízo direto estimado em mais de R$ 5 milhões às facções criminosas, a segunda fase da Operação Renorcrim, realizada entre os dias 13 de abril e 1º de maio de 2025, atingiu fortemente o crime organizado no Acre.
A ofensiva, de âmbito nacional, tem como foco o combate às organizações criminosas com atuação interestadual, e foi coordenada pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).
No estado do Acre, a operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com apoio de outras unidades da Polícia Civil. As ações tiveram como base investigações iniciadas em 2023 e focaram em integrantes de facções como Comando Vermelho, Bonde dos Treze e Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvidas em tráfico de drogas, homicídios, extorsão e roubos de veículos.
Resultados no Acre:
- 17 prisões (12 por mandado e 5 em flagrante)
- 37 mandados de busca e apreensão executados
- Bloqueio de R$ 5.183.328,00 em contas bancárias
- Prejuízo direto estimado: R$ 227.797,15
Materiais apreendidos:
- 4 veículos (2 carros e 2 motos)
- Diversos tipos de drogas: maconha, skunk, cocaína, LSD e ecstasy
- Arma de fogo, munições, balanças de precisão
- Mais de 15 celulares, inclusive modelos recentes como iPhone 16 Pro Max
- R$ 5.613 em dinheiro
- Máquinas de cartão e documentação empresarial
A operação foi coordenada em nível nacional pelo delegado acreano Getúlio Monteiro, responsável pelas ações de repressão ao crime organizado no Ministério da Justiça. Segundo ele, a Renorcrim representa um avanço na articulação entre estados para enfraquecer financeiramente as facções.
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Henrique Maciel, a ação mostra que o Estado está preparado para desarticular a estrutura das organizações criminosas.
“As organizações criminosas operam com estrutura e financiamento. Através dessa operação, mostramos que a Polícia Civil está preparada para atingir o coração dessas organizações, retirando seus recursos, desarticulando lideranças e quebrando a estrutura que sustenta o crime no nosso estado”, declarou.
O delegado Pedro Paulo Buzolin, da DEIC, destacou a importância do trabalho de inteligência e da troca de informações com outros estados para o sucesso da operação.
“A troca de informações com outras polícias civis, aliada ao trabalho técnico e de inteligência desenvolvido pela nossa equipe, nos permitiu mapear com precisão os alvos e executar com eficiência as ordens judiciais. O resultado é a retirada de criminosos do convívio social e a diminuição do poder das facções”, destacou.