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PRF nega interferência e defende atuação de agentes em acidente que matou dois em Rio Branco

PRF nega interferência e defende atuação de agentes em acidente que matou dois em Rio Branco

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Acre divulgou nesta quarta-feira, 23, uma nota de esclarecimento em que repudia informações que circulam em redes sociais sobre a condução da ocorrência do grave acidente registrado no dia 17 de abril, na Via Verde, em Rio Branco, que resultou na morte de dois motociclistas e ferimentos em outras duas pessoas.

A PRF afirma que é “falsa e irresponsável” a alegação de que haveria ligação pessoal entre o condutor da caminhonete envolvida no acidente, Talysson da Silva Duarte, de 27 anos, e os agentes que atenderam a ocorrência, assim como nega qualquer tipo de interferência externa. “Não houve qualquer contato, interferência ou solicitação por parte de autoridade pública”, diz o comunicado.

A instituição reforça que todas as decisões da equipe foram tomadas com base na legalidade e que a atuação dos policiais rodoviários federais no local do acidente “em nada compromete a persecução criminal do caso”, que segue sob investigação da Polícia Civil.

O Laudo Pericial de Acidente de Trânsito (LPAT), segundo a nota, está em fase de finalização e será disponibilizado às autoridades competentes.

Além disso, a PRF anunciou que adotará medidas judiciais contra os responsáveis pela propagação de conteúdos falsos e ofensivos, com o objetivo de proteger a imagem da corporação e a honra de seus servidores.

Investigação do caso segue em curso

O acidente ocorreu na Via Verde, trecho urbano da BR-364, na tarde de quinta-feira, 17. De acordo com testemunhas, o motorista da caminhonete perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária e atingiu três motocicletas.

Marcio Pinheiro da Silva, de 45 anos, morreu ainda no local. Carpeggiane de Freitas Lopes, de 46 anos, que estava internado em estado grave, não resistiu aos ferimentos e faleceu no domingo, 20. Fábio Farias de Lima permanece internado com múltiplas fraturas, enquanto Raiane Xavier já recebeu alta médica.

O caso gerou revolta nas redes sociais após a informação de que o motorista da caminhonete havia sido liberado após o atendimento da PRF. A própria instituição confirmou a liberação e justificou que o condutor prestou socorro às vítimas, se submeteu ao teste do bafômetro – que deu negativo – e não apresentava situação de flagrante no momento da abordagem.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e, no dia 23, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, informou que irá acompanhar as investigações para garantir o cumprimento da lei durante todas as etapas do processo.

A defesa do motorista também se manifestou, informando que ele está colaborando com as investigações desde o início.

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