Duas semanas após o Progressistas sinalizar positivamente pela federação com o União Brasil, o partido dos senadores acreanos Alan Rick e Márcio Bittar ainda não se decidiu pelo “casamento” com a sigla do governador Gladson Cameli.
O secretário de Relações Federativas do Acre, Fábio Rueda, irmão do presidente nacional do União Brasil, afirmou À GAZETA que os impasses em alguns estados é o que têm retardado a decisão da legenda de se fundir com o PP.
“O União Brasil continua dialogando com seus filiados em todo o país. Apesar de existir uma intenção pela federação, não há unanimidade nesse sentido e, por isso, o partido segue conversando e avaliando situações regionais”, afirmou o gestor.
O Acre é um dos cenários desse impasse. Isso porque a ideia de uma federação entre as duas agremiações embaralha o quadro eleitoral no estado para 2026.
Tanto o PP quanto o UB possuem pré-candidatos ao governo. São eles a vice-governadora Mailza Assis e Alan Rick, respectivamente. As pretensões colocaram os dois políticos em rota de colisão, culminando, no início deste ano, na exoneração, nos quadros do governo, da mãe, da irmã e de dois amigos do senador, marcando o rompimento entre Alan e Gladson.
A federação, se formada, deverá ser comandada, nos estados, pelos governadores filiados aos partidos, ou seja, no Acre, Gladson é quem daria as cartas, o que levanta a hipótese de Rick ter sua pré-candidatura rifada.
A junção dos dois partidos formaria uma superbancada na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, e abocanharia, ainda, os maiores repasses de verba pública para bancar campanhas eleitorais em 2026.