Integrantes do movimento junino de Rio Branco estiveram na Câmara dos Vereadores na manhã desta terça-feira, 15, para protestar contra a falta de aporte financeiro da prefeitura para o segundo maior evento cultural da capital.
Eles afirmam que foram pegos de surpresa com a declaração da Fundação Garibaldi Brasil (FGB) de que, neste ano, não haverá dinheiro para o calendário junino, que pode não acontecer em 2025. Segundo eles, a parceria com o poder público ocorre, ininterruptamente, desde 2013, o que garantiu ao evento importância e peso no calendário cultural da cidade.
Os integrantes das quadrilhas juninas cobraram dos vereadores ajuda para tentar reverter a situação. Eles contaram com o apoio dos parlamentares André Kamai (PT) e Neném Almeida (MDB).
“O prefeito falou que está sem recurso para manter a temporada junina de 2025, que envolve não só o concurso, mas também o esquenta, os arraiais na comunidade e o circuito junino. Aí a gente veio aqui tentar ver se há uma possibilidade de eles nos ajudarem, porque é um evento que envolve muitas comunidades. Esse já é o 16º festival, então todo ano tem, aí a gente também queria saber para onde é que está indo o dinheiro da cultura. Esse é um dos eventos mais importantes de Rio Branco”, afirmou a presidente da Liga de Quadrilhas Juninas do Acre, Francilene Santos.

Procurado pela reportagem, o presidente da FGB, Klowsbey Pereira, afirmou que não haverá financiamento neste ano porque o movimento junino não conseguiu captar recursos.
“A prefeitura nunca deu dinheiro pras quadrilhas juninas. O que ocorreu nos anos anteriores foram apoios financeiros obtidos via emenda parlamentar”, explicou o gestor.
Ele garantiu que a prefeitura seguirá dando suporte logístico, como som, palco, grades de segurança, banheiros químicos, entre outros.
O calendário junino só fica atrás do Carnaval em importância cultural e econômica para Rio Branco. O evento movimenta toda uma cadeia produtiva que vai das costureiras dos uniformes das quadrilhas até músicos e técnicos de som. Os pequenos negócios de alimentos também são alavancados com os arraiais que acontecem na cidade.