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‘Não posso tirar dos colegas esse direito’, diz vereador que recuou de assinatura contra viagens e diárias para cursos

'Não posso tirar dos colegas esse direito', diz vereador que recuou de assinatura contra viagens e diárias para cursos

Vereador Joaquim Florêncio (PL) - Foto: Assessoria Câmara/Arquivo

O vereador Joaquim Florêncio (PL) justificou, nesta terça-feira, 29, com exclusividade À GAZETA, a retirada de sua assinatura do requerimento que pede o fim das viagens e diárias para cursos, palestras, workshops e similares realizados fora do estado pelos parlamentares municipais.

De autoria do vice-presidente da Câmara Leôncio Castro (PSDB), o documento foi apresentado, de forma preliminar, na última quinta, 24, e contou com as assinaturas de Florêncio, Aiache (PP), Bruno Moraes (PP) e Lucilene Vale (PP), além do proponente.

No entanto, nesta terça, 29, antes do início do grande expediente, Florêncio e Lucilene solicitaram, sem explicações formais, a retirada de suas assinaturas.

“Mudei de ideia porque não posso tirar esse direito dos outros vereadores. Esse direito foi conquistado pelos parlamentares antigos e eu não posso atropelá-los. Tem os novatos que chegaram agora e que não usufruíram nada. Então, quem quiser viajar, que viaje. Quem não quiser, não viaja”, disse Florêncio, que está em seu segundo mandato.

A reportagem também conversou com Lucilene, que preferiu não se manifestar sobre a retirada de sua assinatura.

O autor do requerimento, Leôncio Castro, afirmou que o recuo dos colegas não impacta a tramitação do requerimento, que pode ser votado já nas próximas sessões. “Não muda nada”, declarou.

O documento nasceu um dia após o Ministério Público do Acre (MPAC) anunciar a instauração de um procedimento preparatório para investigar supostas irregularidades na participação de três vereadores em um curso presencial fora do estado. São eles Raimundo Neném, Joaquim Florêncio e Antônio Moraes, todos do PL.

O MPAC quer entender a necessidade das viagens, uma vez que a mesma capacitação estava disponível de forma gratuita e remota.

Leôncio negou que o requerimento tenha sido uma resposta ao MPAC. “Não teve nada a ver. Até porque a Câmara é um poder independente e não cabe ao Ministério Público interferir”.

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