O vereador Samir Bestene (Progressistas) afirmou, na sessão desta quarta-feira, 2, na Câmara de Rio Branco, que é preciso “tirar o superpoder” da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Seinfra).
A declaração do parlamentar foi dada em protesto contra a demora na instalação de uma faixa elevada na Rua Omar Sabino, em frente à escola estadual Francisco Salgado Filho, no Bairro Floresta.
A demanda dos pais dos alunos e moradores da via foi protocolada na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) em abril de 2024. Após vistoria, o órgão reconheceu a necessidade da faixa elevada devido o excesso de velocidade e desrespeito à sinalização de trânsito por condutores.
Em maio, a RBTrans despachou ofício à Seinfra solicitando a instalação da faixa, porém, quase um ano depois, nenhuma intervenção foi feita no local pela secretaria, o que desagradou o parlamentar aliado da prefeitura.
“Fica aqui o pedido à prefeitura. Temos que tirar esse superpoder da Seinfra. São casos que precisam ser resolvidos na hora. Por que a Saúde e a Educação não têm setores responsáveis por pequenas reformas? É preciso desburocratizar a pasta e dar mais autonomia para algumas secretarias”, defendeu o parlamentar.
As reclamações contra a Seinfra foram reiteradas pelo vereador João Paulo Silva, do Podemos, que denunciou problemas estruturais na unidade básica de saúde (UBS) Luana de Souza Freitas. O parlamentar afirmou que mandou emissário à Seinfra para protocolar pedido de melhorias no local, mas o documento foi rejeitado.
“Fiquei indignado com um absurdo desse. Tento ser diplomata, mas a diplomacia tem um certo limite”, disparou o vereador, que irá pessoalmente à secretaria com o ofício solicitando intervenções na UBS. Ele, que também é aliado do prefeito Bocalom (PL), desafiou a pasta a não recebê-lo, a exemplo do que ocorreu com seu assessor.
“Fui eleito vereador e aquela comunidade me deu mais de 300 votos. Pois agora quem vai lá na Seinfra, pessoalmente, serei eu. Espero que, desta vez, eles recebam nosso documento”, disse o parlamentar.