8 de julho de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

8 de julho de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

Ciência que flui dos rios: professora pesquisadora do Ifac descobre três novas espécies de parasitos na Amazônia

Estudo internacional inédito, liderado por pesquisadora do Ifac, realoca a ciência da Amazônia em papel de destaque após descoberta de espécies de parasitos.

Assessoria por Assessoria
21/05/2025 - 07:18
Ciência que flui dos rios: professora pesquisadora do Ifac descobre três novas espécies de parasitos na Amazônia
Manda no zap!CompartilharTuitar

No coração da Amazônia Ocidental, entre rios escuros e o mar de florestas, emerge o trabalho científico de grande relevância à parasitologia contemporânea. Assegurado pela potência da educação pública, o estudo revelou três novas espécies de parasitos que habitam um peixe muito consumido na região: o Ageneiosus inermes, popularmente conhecido como mandubé.

A pesquisa, publicada em dezembro de 2024 em uma revista científica internacional, foi conduzida ao longo do ano pela professora Dra. Williane Maria de Oliveira Martins, do Instituto Federal do Acre, juntamente com as pesquisadoras  Drª Simone Chinicz Cohen e Drª. Márcia Cristina Nascimento Justo, em parceria com o Laboratório de Helmintos Parasitos de Peixes da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, no Rio de Janeiro. O estudo, portanto, descreve as espécies Demidospermus juruaensis, Demidospermus bifurcatus e Demidospermus takemotoi, até então desconhecidas pela comunidade científica.

“Esses parasitos foram identificados com base em características morfológicas únicas. Não havia registro de nada semelhante entre as espécies já conhecidas do gênero Demidospermus. A Amazônia continua nos revelando que o que já conhecemos é apenas uma fração do que ela guarda”, afirma a professora Williane.

Pesquisa solidificada em águas acreanas

Os peixes analisados foram coletados nos rios Juruá e Moa, no município de Cruzeiro do Sul, localizado ao extremo oeste do Brasil, quase na fronteira com o Peru; o que explica a escolha do local para o desenvolvimento da pesquisa: a região condensa uma das maiores diversidades ictiológicas do planeta, e abriga espécies endêmicas que coexistem com as populações ribeirinhas que dependem delas para alimentação, comercialização e sobrevivência.

A pesquisa é parte do projeto “Biodiversidade de parasitos de peixes do estado do Acre”, coordenado pela professora Williane, e tem o objetivo de catalogar parasitos presentes em peixes de diversos rios do estado, no Alto Acre e no Baixo Acre. A ideia é ambiciosa e urgente. Do total de espécies parasitárias de água doce existentes, menos de 3% foram descritas até a atualidade. E grande parte do que ainda está por descobrir encontra-se na Amazônia.

“É preciso conhecer para preservar. Os parasitos muitas vezes são estigmatizados, mas têm papel ecológico fundamental. Funcionam como bioindicadores da saúde dos ecossistemas aquáticos, e é essencial conhecer sua presença e variações para compreendermos as mudanças ambientais, os impactos da poluição e até os efeitos das mudanças climáticas na região”, explica a pesquisadora.

Jovens cientistas na prática

Além do impacto científico, o estudo tem uma função igualmente ousada: proporcionar aos jovens amazônicos a vivência completa do ofício científico. Alunos do Ifac participaram ativamente de todas as etapas da pesquisa, desde as coletas nos rios até o processamento do material no laboratório.

“O Instituto Federal do Acre não se limita à sala de aula. Aqui, ensino, pesquisa e extensão caminham juntos. Nossos estudantes vivem o processo científico na prática: coletam, escrevem artigos, apresentam trabalhos. Isso muda o futuro dessas pessoas”, diz Williane.

A estrutura usada no Acre é resultado de um convênio entre o Ifac e a Fiocruz, que capacitou mais de 20 doutores na região. Um desses frutos é o Laboratório de Biodiversidade do Ifac, instalado em Rio Branco, no Campus Baixada do Sol, onde boa parte das análises da pesquisa foi realizada.

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Ciência que flui dos rios: professora pesquisadora do Ifac descobre três novas espécies de parasitos na Amazônia
Risco zero para humanos, impacto real na piscicultura

Os parasitos descobertos habitam as brânquias dos peixes, estruturas responsáveis pela respiração. Apesar de não apresentarem risco de transmissão para humanos por não serem encontrados na musculatura do peixe, os parasitos podem causar danos à piscicultura, principalmente em sistemas de cultivo intensivo.

“Em infestações severas, esses organismos podem levar o peixe à morte, comprometendo a produção e gerando perdas econômicas significativas para o piscicultor. Em cativeiro, o desequilíbrio favorece a proliferação desses parasitos”, alerta Williane.

Por precaução, recomenda-se o consumo do pescado sempre bem cozido, assado ou frito. O aquecimento é suficiente para inativar possíveis formas larvais de outras espécies parasitárias.

A Amazônia é o pulso

A Amazônia abriga 13% da água doce do mundo e mais de 2.500 espécies de peixes já descritas, mas esses números são a primeira camada de desdobramentos muito mais complexos e até desconhecidos. A pesquisa conduzida por Williane e sua equipe é um lembrete de que há um ecossistema sob as águas amazônicas que ainda precisa ser compreendido.

E para além da pesquisa de laboratório, trata-se de um projeto de território. É a ciência interiorizada no bioma, elaborada por quem conhece e vive o pulso da floresta e dos rios. Ciência pública, produzida com recursos limitados, no entanto, voltada à preservação da Amazônia, ao compromisso com o conhecimento e à formação cidadã dos que nela vivem.

“Nosso trabalho não é só sobre parasitos. É sobre ecossistemas, soberania e formação científica para que possamos continuar estudando, defendendo e existindo nesse lugar”, conclui a professora Williane.

Por: Ifac

Compartilhe:

  • WhatsApp
  • Publicar
  • Threads
  • Telegram
  • E-mail

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

Apostas de Goiânia e Caraguatatuba levam R$ 103 milhões na Mega-Sena

Próxima Notícia

INSS pagará indenização de R$ 60 mil a crianças vítimas de zika

Mais Notícias

Ministério da Saúde anuncia edital do Mais Médicos para especialistas
Destaques Cotidiano

Acre recebe 28 novos profissionais do Mais Médicos; oito atuarão em áreas indígenas

08/07/2025
Prefeitura busca parcerias em Rondônia para implantar cultura do cacau em Rio Branco
Destaques Cotidiano

Prefeitura busca parcerias em Rondônia para implantar cultura do cacau em Rio Branco

08/07/2025
Caixa termina de pagar parcela de março do novo Bolsa Família
Destaques Cotidiano

Prefeitura aprova auxílio-alimentação de R$ 500 a servidores e vereadores da Câmara

08/07/2025
Do amor aos palcos e à culinária: conheça a história do português que chegou ao Acre por paixão e comanda restaurante
2º destaque

Caso Aurora Maria: quadro clínico indica queimaduras de 2º e 3º graus, afirma Sesacre

08/07/2025
Energisa não liga ônibus do Hemoacre à rede elétrica e frustra ação social promovida por vereadores
Destaques Cotidiano

Energisa não liga ônibus do Hemoacre à rede elétrica e frustra ação social promovida por vereadores

08/07/2025
Com mais de 80 casos na Bolívia, Acre adota medidas para evitar reintrodução do sarampo após 25 anos sem registros
5º destaque

Com mais de 80 casos na Bolívia, Acre adota medidas para evitar reintrodução do sarampo após 25 anos sem registros

08/07/2025
Mais notícias
Próxima Notícia
INSS pagará indenização de R$ 60 mil a crianças vítimas de zika

INSS pagará indenização de R$ 60 mil a crianças vítimas de zika

Horóscopo 2024: confira a previsão de hoje (23/06) para seu signo

Horóscopo 2025: confira a previsão de hoje (16/5) para seu signo

Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre