Policiais militares, civis, penais e militares do Corpo de Bombeiros fizeram um protesto nesta terça-feira, 13, no Centro de Rio Branco, em defesa da valorização dos operadores de segurança pública do Acre. O ato reuniu servidores das principais forças estaduais em uma caminhada que seguiu pelas vias da região central da capital.
Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes pediram recomposição salarial, melhores condições de trabalho e denunciaram o abandono enfrentado por colegas já aposentados. Durante a mobilização, representantes das categorias fizeram discursos reforçando a insatisfação com a falta de valorização.
“Se a criminalidade não respeita um policial, quem vai respeitar? O governador tem que entender a mensagem: a gente precisa de valorização. Já estamos cansados nos batalhões, nos presídios, nas delegacias. Tem policial aposentado morrendo e pedindo doação, morrendo porque está cansado da longa briga que enfrentou na profissão”, declarou Ianio Marcos, representante da Polícia Civil.
O policial também destacou que o pedido dos servidores não se trata de aumento de salário, mas de justiça. “Recomposição não é aumento. Recomposição é a diferença entre você levar mais um pacote de feijão pra casa ou não. A gente quer se aposentar com dignidade, na melhor polícia e no melhor estado”, afirmou.

Após a caminhada, os agentes de Segurança Pública se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre, Rafael Diniz, também falou sobre as principais reivindicações da categoria.
“O governador Gladson Camelí conseguiu fazer algo inacreditável, juntar todas as forças de segurança num objetivo comum, devido à desvalorização da segurança pública. Hoje, nós estamos aqui no início de um ato e já temos data marcada para o próximo, que é 19 de maio, na semana que vem. Recomposição salarial não é aumento de salário e tem brecha sim na lei de responsabilidade fiscal. Além disso, pedimos a desoneração do banco de horas e atualização do valor da hora trabalhada”, afirmou o sindicalista.
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