Mulheres na menopausa ou em climatério vão passar a contar com atendimento especializado nas unidades de saúde de Rio Branco. É que os vereadores da capital aprovaram esta semana uma lei que determina a adaptação de UBSs para oferecer exames, acompanhamento psicológico, medicação específica e profissionais capacitados para cuidar dessa fase da vida da mulher.
A proposta, de autoria do vereador João Paulo Silva, também institui a “Semana Municipal de Cuidados com a Mulher na Menopausa ou em Climatério”, que passará a ser realizada anualmente na última semana de maio.
A matéria determina que uma ou mais Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital sejam adaptadas para prestar serviços voltados exclusivamente ao atendimento de mulheres nessa fase da vida. O projeto agora segue para análise do prefeito Tião Bocalom, que pode sancionar ou vetar a medida.
Entre os serviços assegurados pelo texto aprovado estão a realização de exames diagnósticos, fornecimento de medicamentos hormonais e não hormonais nas próprias unidades, capacitação de profissionais de saúde, além de acompanhamento psicológico e multidisciplinar desde o diagnóstico até o tratamento contínuo.
A lei também estabelece que, durante a semana municipal dedicada ao tema, deverão ser promovidas ações como palestras, campanhas de esclarecimento, atividades de diagnóstico e tratamento, além de capacitações específicas para profissionais da rede pública sobre como acolher e orientar as pacientes.
De acordo com a justificativa do projeto, a proposta visa ampliar o acesso das mulheres a serviços públicos de saúde que levem em consideração as necessidades específicas da fase da menopausa e climatério, respeitando as diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM). A escolha da última semana de maio para a realização da campanha coincide com o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, ambos celebrados no dia 28.
Dados do Censo 2022 do IBGE mostram que Rio Branco tem 188.108 mulheres, representando cerca de 50% da população da capital.