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Fenômeno há 445 milhões de anos acabou com 85% da vida na Terra

Muito antes dos dinossauros desaparecerem, a Terra já havia enfrentado um colapso ecológico devastador.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
29/05/2025 - 13:30
"Era um mundo muito, muito diferente", diz Richard Twitchett, líder de pesquisa do Departamento de Ciências da Terra do Museu de História Natural do Reino Unido - (crédito: Jürgen Jester/Pixabay)

"Era um mundo muito, muito diferente", diz Richard Twitchett, líder de pesquisa do Departamento de Ciências da Terra do Museu de História Natural do Reino Unido - (crédito: Jürgen Jester/Pixabay)

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Quando pensamos em extinções em massa da pré-história, é quase inevitável lembrar do limite K-Pg — aquele momento catastrófico há 66 milhões de anos em que um asteroide colidiu com a Terra, exterminando cerca de 75% da vida vegetal e animal e encerrando a era dos dinossauros. Essa é a mais famosa das seis grandes extinções que o planeta já enfrentou, fama que se deve mais à repercussão do que à singularidade. Muito antes disso — cerca de 400 milhões de anos antes —, no entanto, a Terra já havia passado por outro evento devastador, pouco conhecido: a extinção em massa do final do Ordoviciano.

Vida no Ordoviciano
Voltar a esse período é encontrar um planeta quase irreconhecível. “Era um mundo muito, muito diferente”, diz Richard Twitchett, líder de pesquisa do Departamento de Ciências da Terra do Museu de História Natural do Reino Unido. “O clima era muito quente, e os níveis de CO2 eram extremamente altos.”

Na superfície terrestre, não havia nada que se pareça com a vida que conhecemos hoje: sem animais, árvores, flores, gramíneas ou samambaias. “Se a terra era verde, era com algas, no máximo — não há evidência de nada parecido com o que consideraríamos uma comunidade vegetal”, afirma Twitchett ao portal IFLScience. “E, claro, sem plantas, também não havia animais — afinal, não havia o que comer.”

No entanto, esse retrato contrasta com o que os livros de paleontologia descrevem como uma época de biodiversidade crescente. Onde estava toda essa vida? No mar. Sob as águas, criaturas exóticas e fascinantes evoluíam em ritmo acelerado. Esse surto de diversidade ficou conhecido como o Grande Evento de Biodiversificação do Ordoviciano (Gobe, na sigla em inglês). “Foi um período em que a evolução estava fazendo muitos experimentos”, diz Twitchett. “Havia animais tentando explorar diferentes estilos de vida (…) e também uma diversificação dentro de planos corporais que estavam se mostrando mais bem-sucedidos nos mares quentes do Paleozóico.”

Esses seres marinhos, como os primeiros tentilhões nas Ilhas Galápagos, tinham todo o ecossistema à disposição. Planos corporais se tornaram mais complexos; surgiram animais que ainda existem hoje, como estrelas-do-mar, ouriços, corais e outros. Os mares passaram a ser dominados por filtradores em diferentes profundidades: braquiópodes no fundo, corais e briozoários acima deles e crinoides perto da superfície.

“Não é só diversidade de espécies, mas também diversidade ecológica”, destaca Twitchett. “O Ordoviciano é um período de enorme aumento da biodiversidade no planeta.”

A extinção do Ordoviciano
No entanto, esse florescimento teve um fim abrupto e fragmentado. Em vez de uma catástrofe única, como no Cretáceo, o Ordoviciano passou por várias extinções menores seguidas por um colapso final. “Hoje, costuma-se dividir o evento em duas fases distintas”, explica Twitchett: primeiro veio o resfriamento global; depois, um reaquecimento.

Essa inversão climática o torna um caso incomum entre as grandes extinções, normalmente ligadas ao aquecimento. “Aqui, o gatilho inicial foi o frio”, diz Twitchett. Pode ter sido provocado pelo surgimento de plantas primitivas, que reduziram o CO2 da atmosfera e desencadearam a glaciação. Outra hipótese envolve o deslocamento do supercontinente Gondwana para o Polo Sul, aumentando o albedo terrestre e intensificando o resfriamento.

Depois, a Terra aqueceu rapidamente — e os oceanos ficaram sem oxigênio. As causas ainda são debatidas: talvez algas tenham proliferado e consumido o oxigênio, ou erupções vulcânicas tenham lançado minerais que o absorveram. O resultado foi devastador: cerca de 60% dos gêneros e 85% das espécies desapareceram. Só o evento do fim do Permiano, 200 milhões de anos depois, matou mais.

A extinção esquecida
Apesar da escala da perda, o impacto ecológico do fim do Ordoviciano foi relativamente leve. “Em números absolutos, é a segunda maior extinção”, diz Twitchett. “Mas, em termos de impacto ecológico de longo prazo, é a menos significativa.” Nenhum grupo funcional desapareceu por completo, e os ecossistemas marinhos se reestruturaram rapidamente.

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Isso ajuda a explicar por que tão poucos conhecem esse evento. “O fim do Cretáceo é famoso porque envolve os grandes dinossauros terrestres”, comenta Twitchett. “Ninguém se importa com a extinção do plâncton, embora tenha sido igualmente importante.” Como o Ordoviciano não envolveu vida terrestre — e está muito distante no tempo — acabou ficando à margem da memória coletiva.

Por: Correio Braziliense

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