A Justiça do Acre realiza nesta segunda-feira, 19, a segunda etapa da audiência de instrução do processo que apura o assassinato de Kauã Nascimento da Silva, de 19 anos, morto a tiros em fevereiro de 2024, no bairro Taquari, em Rio Branco. A vítima era sobrinho-neto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A sessão está marcada para 8h30, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital, e prevê o interrogatório dos dois acusados pelo crime: André Oliveira da Silva, apontado como o autor dos disparos, e Denis da Rocha Tavares, suspeito de ter fornecido a arma utilizada na execução. Também devem ser ouvidas testemunhas de acusação e defesa.
Com o encerramento da fase de instrução, será aberto o prazo para apresentação das alegações finais das partes. A expectativa é que o juiz responsável pela condução do processo se manifeste ainda nesta semana sobre a sentença de pronúncia — decisão que define se os acusados irão a júri popular.

Relembre o caso
Kauã foi executado em 2 de fevereiro do ano passado, enquanto dormia na casa de uma tia. Segundo a investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), um homem armado invadiu o imóvel e atirou várias vezes contra o jovem, que morreu no local.
De acordo com os autos, André da Silva confessou o crime. Ele foi preso em setembro de 2024 no Ramal do Macarrão, em Rio Branco, e relatou à polícia que recebeu ordens de uma facção criminosa para matar Kauã, acusado de pichar muros com a sigla de um grupo rival. Na época da prisão, uma escopeta foi apreendida na casa do suspeito. Denis Tavares, identificado como o responsável por ceder a arma, também está preso.
Ambos respondem por homicídio qualificado e participação em organização criminosa, conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público do Acre em novembro do ano passado.