Após a morte do policial penal Wanderson Constâncio Freire Fidelis, de 36 anos, ocorrida na madrugada desta quinta-feira, 29, em frente ao Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), em Rio Branco, entidades representativas dos operadores de segurança pública divulgaram notas cobrando atenção à saúde mental da categoria e melhores condições de trabalho.
Wanderson foi encontrado caído próximo ao portão de entrada do DPTC, após ser flagrado por câmeras do cerco eletrônico trafegando pela Avenida Antônio da Rocha Viana por volta das 2h15. Ele ainda parou em um posto de combustível antes de seguir até o local onde, minutos depois, foi localizado por agentes da Polícia Civil.
A perícia confirmou o óbito no local e a arma funcional foi recolhida. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente da investigação.
Em nota assinada por sete entidades, a Frente Única dos Operadores de Segurança Pública do Acre lamentou a tragédia e destacou que situações como essa exigem reflexão sobre a realidade enfrentada por profissionais da área.
“A tragicidade da ocorrência nos traz, além da comoção, a necessidade de reflexão sobre todas as situações que envolvem o serviço policial em sua essência, independente de qual farda este herói veste”, diz o documento.
Já o Sindicato dos Policiais Penais do Acre (SINDPOL-AC) publicou uma nota de alerta apontando o grave desgaste psicológico vivido pela categoria. Segundo o presidente da entidade, Leandro Rocha, a situação é consequência da falta de estrutura e da sobrecarga de funções.
“A atividade de policial penal é considerada a segunda mais perigosa e estressante do mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho. É essencial que o governo ofereça suporte, valorização e um olhar diferenciado a esses profissionais da segurança pública”, afirmou.
Veja notas:
NOTA DE ALERTA | SINDPOL-AC
O SINDPOL-AC lamenta profundamente a morte do Policial Penal Wanderson Fidelis, que tirou a própria vida com um disparo na cabeça, em frente ao Instituto Médico Legal (IML), na capital.
O presidente do sindicato, Leandro Rocha, faz um alerta às autoridades sobre o grave desgaste psicológico enfrentado pela maioria dos Policiais Penais do Acre, causado pela falta de condições mínimas de trabalho e sobrecarga de funções.
A atividade de Policial Penal é considerada a segunda mais perigosa e estressante do mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
É essencial que o governo ofereça suporte, valorização e um olhar diferenciado a esses profissionais da segurança pública.
Classe Especial, Leandro Rocha
Presidente do SINDPOL-AC