Pelo menos 70 escolas estão com as atividades paralisadas, nesta segunda-feira, 26, por conta da greve dos servidores da Educação Municipal de Rio Branco. A informação foi confirmada À GAZETA pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento. Na terça-feira, 27, a partir das 8h30, os profissionais pretendem fazer um ato em frente à Câmara de Vereadores de Rio Branco.
Na última quinta-feira, 22, o movimento seguiu com a greve, após se reunir em assembleia e rejeitar a proposta da prefeitura de suspender a paralisação até apresentação de um novo plano de ajuste. Segundo Nascimento, o secretário municipal de Educação e vice-prefeito de Rio Branco, Alysson Bestene, propôs a criação de uma comissão de negociação e a elaboração de um relatório econômico com a promessa de apresentar uma proposta salarial na segunda quinzena de junho. A condição, no entanto, seria a suspensão da greve — o que foi recusado pela categoria.
“A categoria não aceitou suspender o movimento, e a greve está mantida”, afirmou Rosana. Ela relata que a prefeitura tentou desmobilizar o movimento com ameaças de corte de contratos, suspensão de pagamento de aulas suplementares e retirada de servidores de contra turnos. “Parte da categoria recuou, mas a maioria permaneceu firme”, completou.
A greve se iniciou no último dia 16 de maio. Inicialmente, a mobilização atingia 55 escolas e buscava pressionar a gestão municipal pelo reajuste do piso salarial do magistério, a recomposição salarial dos demais servidores das escolas, o pagamento dos auxílios alimentação e saúde, além do cumprimento da horatividade dos professores — uma carga horária extraclasse obrigatória por lei para atividades pedagógicas, como planejamento.
Ainda no dia 16, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, minimizou o impacto da greve, afirmando que trata a situação com naturalidade e transparência. Segundo ele, a paralisação não deve prejudicar a gestão, e as negociações com os trabalhadores seguirão critérios técnicos e financeiros.