Entre 1º de janeiro e 17 de maio de 2025, o Acre registrou 7.890 casos prováveis de dengue, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Do total, 5.172 casos foram confirmados, sendo 3.404 por critério laboratorial e 1.764 por critério clínico-epidemiológico. Outros 34,5% dos casos permanecem em investigação.
Casos prováveis incluem todos os registros notificados ao sistema de vigilância que ainda não foram descartados. A taxa de incidência acumulada no estado é de 895,9 casos para cada 100 mil habitantes, o que configura uma situação de alta transmissão.
De acordo com a análise, 63,6% dos municípios do Acre estão classificados com alta incidência da doença, 18,2% com média e 13,6% com baixa. A regional do Juruá/Tarauacá/Envira é a mais afetada, com incidência de 1.603,6 casos para cada 100 mil habitantes — todos os municípios da região estão com nível de alerta alto.
Cruzeiro do Sul lidera em incidência
O município de Cruzeiro do Sul é o que apresenta o cenário mais preocupante: são cerca de 2.500 casos prováveis da doença, com uma taxa de incidência de 2.548,2 por 100 mil habitantes — a mais alta do estado.
Na capital Rio Branco, foram notificados 3.302 casos prováveis no período analisado, com taxa de 851,4 por 100 mil habitantes, também dentro da classificação de alta incidência.
Apenas um município sem registros
Santa Rosa do Purus é o único município acreano que não registrou casos prováveis de dengue até o momento.
No Acre, os sorotipos de dengue identificados em circulação foram o DENV-1 e o DENV-2. O Brasil registra circulação simultânea dos quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — o que aumenta o risco de formas mais graves da doença em regiões com múltiplos tipos virais.
