A greve dos trabalhadores da Educação Municipal de Rio Branco, que completa 15 dias nesta sexta-feira, 30, teve um novo capítulo na manhã de hoje, com a realização da primeira audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e a Prefeitura de Rio Branco, na 1ª Vara Civil, na Cidade da Justiça.
A reunião, que ainda está em andamento, conta com a presença da presidente do Sinteac, professora Rosana Nascimento, e do advogado Júnior Medeiros, representando a categoria. Pela gestão municipal, participaram o prefeito em exercício e secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, e o representante da Educação, Jhonatan Santiago.
O encontro busca avançar nas negociações em torno das reivindicações da categoria, que cobra o reajuste do piso salarial do magistério, a recomposição dos salários dos demais servidores das escolas, além do pagamento dos auxílios alimentação e saúde e o cumprimento da horatividade — período extraclasse destinado a atividades pedagógicas, garantido por lei.
Segundo Rosana Nascimento, a paralisação tem grande adesão: 80 das 94 escolas da rede municipal estão com as atividades paralisadas nesta quinta-feira, 29. “Estamos visitando as unidades escolares, conversando com os trabalhadores e ampliando a mobilização. Algumas escolas ainda permanecem abertas, mas sem atividades pedagógicas. Ficam apenas alguns servidores para atendimento básico à comunidade”, destacou.
Desde o início do movimento, no dia 16 de maio, a Prefeitura tem reiterado que está aberta ao diálogo, mas condiciona qualquer avanço nas negociações aos limites da responsabilidade fiscal. “O prefeito Tião Bocalom sempre orientou que não se pode colocar em risco as finanças do município. Tudo será feito com base nos números”, afirmou Alysson Bestene, no último dia 22.
O secretário também destacou que nem todas as entidades sindicais da educação aderiram ao movimento e que uma comissão técnica foi criada para avaliar as possibilidades, com prazo até junho para apresentar uma proposta dentro das condições financeiras do município.
Apesar da abertura de diálogo, o movimento permanece mobilizado. Na noite desta quinta-feira, 29, trabalhadores realizaram uma vigília em frente à sede da Prefeitura de Rio Branco.
