O Acre registrou 21 mortes violentas intencionais apenas no mês de março de 2025, segundo dados do Painel de Acompanhamento do Ministério Público do Estado (MPAC). Este número representa um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 15 ocorrências do tipo.
Apesar da alta registrada em março, o acumulado do primeiro trimestre de 2025 aponta uma queda de 22,41% nas mortes violentas, com 45 casos registrados entre janeiro e março. Em 2024, o número de vítimas fatais no mesmo período havia sido de 58.
A capital, Rio Branco, lidera o ranking das cidades mais afetadas, concentrando 53,33% dos casos (24 mortes). Em seguida aparecem Cruzeiro do Sul, com 7 registros (15,56%), e os municípios de Brasiléia, Feijó, Jordão e Sena Madureira, com 2 homicídios cada.
O sábado foi o dia mais letal, com 26,67% dos crimes ocorrendo nesse dia da semana. Também tiveram destaque as quintas-feiras (20%) e quartas-feiras (17,78%).
Entre os principais motivos, os conflitos relacionados a facções criminosas e tráfico de drogas lideram, sendo responsáveis por 35,56% dos casos. As mortes com motivação ainda sob apuração somam 31,11%, seguidas por crimes motivados por razões fúteis, torpes ou envolvimento com bebidas alcoólicas, com 22,22%. Feminicídios, latrocínios, intervenções policiais, legítima defesa e crimes passionais apareceram com menor frequência, cada um representando 2,22% das ocorrências.
As principais vítimas foram homens entre 30 e 34 anos, com 11 registros. Jovens entre 20 e 24 anos aparecem em seguida (7 casos), seguidos por adolescentes de 15 a 19 anos, com 6 mortes.
As armas de fogo seguem sendo os instrumentos mais utilizados nos crimes, representando 51% dos casos (23 mortes), seguidas por armas brancas (13) e outros meios (9).