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No Acre, Marina Silva defende novo modelo econômico sustentável para a Amazônia e anuncia R$ 21 bilhões em investimentos

No Acre, Marina Silva defende novo modelo econômico sustentável para a Amazônia e anuncia R$ 21 bilhões em investimentos

Foto: Juan Vicent Diaz

Durante sua participação na CGF Task Force, realizada nesta sexta-feira, 23, na Universidade Federal do Acre (Ufac), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu um novo modelo econômico sustentável para a Amazônia, destacando que o desenvolvimento não pode mais deixar pessoas para trás. A ministra anunciou que o país dispõe de R$ 21 bilhões, somando recursos do Fundo Amazônico, do Fundo Clima e do programa Eco Invest, destinados à preservação, restauração e desenvolvimento sustentável da região.

Em sua fala, Marina destacou a histórica parceria entre os ministérios do Meio Ambiente e da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, para viabilizar o Plano de Transformação Ecológica do governo Lula. Ela reforçou o compromisso do governo federal com o desmatamento zero, mas alertou que essa meta não se alcança apenas com repressão, e sim com mecanismos de financiamento, bioeconomia e inclusão social.

“Não se trata só de dizer o que não pode fazer, mas de como pode fazer da forma certa. E isso se faz com tecnologia, financiamento, transparência e manejo sustentável”, afirmou Marina. Ela destacou que a exploração responsável da floresta, com práticas como o manejo sustentável, permite geração de renda sem destruir o bioma.

A ministra também celebrou os resultados expressivos na redução do desmatamento: 46% na Amazônia e 32% em todo o país nos últimos dois anos. No entanto, alertou sobre os impactos das mudanças climáticas, como os chamados “desmatamentos meteorológicos”, provocados por eventos extremos como enchentes e incêndios intensificados pela crise climática.

Marina Silva reforçou a importância de mecanismos como o TFF (Transferência Financeira Federativa) e o programa Rede+, que remuneram os estados pela preservação de florestas. “Estamos criando meios para que quem não tem como fazer a mesma redução que nós, possa internalizar recursos, melhorar a governança e combater as desigualdades sociais”, explicou.

Encerrando sua fala, Marina fez um apelo global em direção à Conferência do Clima (COP-30), que acontecerá no Brasil. “Chegou a hora de transformar dinheiro em preservação, em restauração, em uso sustentável. Precisamos liderar pelo exemplo. O futuro do planeta depende disso”, concluiu.

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