No Acre, 60% da população aderiu ao PIX, segundo dados divulgados pela plataforma de pesquisas Brasil em Mapas, ainda na última semana. De acordo com o estudo, o acreano realiza, em média, 41 transações por mês.
Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita realizada pelo Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Banco Central e apontam que, em todo o país, 63% da população já utiliza o PIX.
Em 2024, o sistema atingiu a impressionante marca de 63,8 bilhões de transações, movimentando um total de R$ 26,5 trilhões — um crescimento de 54% em relação ao ano anterior.
O Distrito Federal lidera o ranking de adesão, com 79% da população utilizando o PIX, seguido por Amapá (71%) e pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rondônia, todos com 70%. Na outra ponta, o Piauí apresenta a menor taxa de adesão, com 56%, seguido por Paraíba, Maranhão e Alagoas, que também estão abaixo dos 60%.
Quando o assunto é frequência de uso, os amazonenses se destacam como os maiores usuários, com uma média de 48 transações mensais. Na contramão, os catarinenses realizam, em média, 25 transações por mês — o menor índice do país.
O levantamento também revela que o PIX já é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, presente em 76% das transações, superando o dinheiro (68%) e os cartões de débito (69%) e crédito (51%).
O estudo da FGV destaca que a adesão ao PIX não está restrita às regiões de maior renda. Estados como Roraima, Rondônia, Amapá e o próprio Acre apresentam altas taxas de uso, demonstrando que o sistema se consolidou como um importante instrumento de inclusão financeira, especialmente em locais mais afastados dos grandes centros urbanos.
Panorama regional
Na região Norte, a pesquisa aponta uma inclusão financeira acelerada, com crescimento expressivo do uso do PIX até mesmo em comércios de áreas remotas. Manaus e Belém se destacam pelo alto volume de transações via QR Code.
O Sudeste lidera em volume de transações, especialmente entre pessoas físicas e empresas, com São Paulo e Rio de Janeiro concentrando os maiores valores. No Nordeste, o avanço foi acelerado entre 2023 e 2024, com forte uso do PIX para microtransações e no comércio local, destacando-se Recife e Salvador.
Já no Sul, o PIX é muito usado no varejo e nos serviços, com grande adesão em cidades de médio porte, sendo Curitiba e Florianópolis as líderes regionais. No Centro-Oeste, a ferramenta impulsiona a bancarização, inclusive em áreas rurais, com Goiânia e Cuiabá acima da média nacional.