O governador do Acre Gladson Camelí (PP) afirmou, nesta quinta-feira, 22, que irá conversar com autoridades da Bolívia para, juntos, encontrarem soluções pare evitar uma nova crise de queimadas e fumaça em 2025.
A declaração foi dada no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac), durante a 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e as Florestas (GCF Task Force), que acontece em Rio Branco.
O evento, que começou na segunda, 19, reúne líderes de mais de 40 estados e províncias, vindos de 11 países, entre eles a Bolívia. Na ocasião, país vizinho foi representado por autoridades de Pando, Santa Cruz, Tarija e Beni.
No ano passado, o Acre ganhou as manchetes nacionais e internacionais devido a alta poluição do ar, proveniente das queimadas urbanas e florestais. Em setembro, no auge da seca, a capital Rio Branco registrou a pior qualidade do ar em todo o planeta, com níveis de insalubridade quase 30 vezes acima do recomendado.
Os satélites apontaram que parte dessa fumaça foi gerada no estado, enquanto outra porção veio de países vizinhos, sobretudo a Bolívia, que faz fronteira com sete dos 22 municípios acreanos.
“Não terei só uma conversa [com os representantes bolivianos], mas uma parceria mútua, envolvendo também os demais países que compõem a nossa Amazônia, para que a gente possa se ajudar a fim de evitar o que aconteceu no ano passado. São situações que a gente tem que reconhecer, unir forças e avançar”, disse Camelí.

O governador ressaltou que quer levar os resultados desse diálogo internacional para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que, neste ano, acontece no Brasil, na cidade de Belém (PA).
“Aqui é o momento de discussão, de nos prepararmos para chegarmos à COP 30 com pautas positivas e que elas sejam realmente executadas, para não ficarmos só no discurso, até porque a população não aguenta mais esperar. Nós, que somos pessoas públicas, temos que ter ações que visam o bem-estar do homem amazônida”.