O pedido de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar descontos ilegais de aposentados foi protocolado nesta segunda-feira, 12, com a assinatura de quatro deputados federais e dos três senadores acreanos.
Subscreveram o requerimento os deputados Roberto Duarte (Republicanos), Socorro Neri (Progressistas), Coronel Ulysses (União Brasil) e Eduardo Velloso (União Brasil) e os senadores Alan Rick (União Brasil), Márcio Bittar (União Brasil) e Sérgio Petecão (PSD).
Não assinaram os deputados Zezinho Barbary (Progressistas), José Adriano (Progressistas), Antônia Lúcia (Republicanos) e Meire Serafim (União Brasil).
O mínimo de assinaturas na Câmara (171) e no Senado (27) foi alcançado e, agora, o pedido segue para apreciação pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União Brasil).
Apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), o requerimento quer investigar o esquema de corrupção que realizava débitos nas folhas de benefício de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O escândalo foi revelado após investigação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Federal (PF). Segundo os autos, sindicatos e associações fizeram descontos não autorizados nas rendas de centenas de milhares de aposentados.
O esquema teria começado em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro (PL), e se estendeu até o mandato do atual presidente Lula (PT).
De acordo com a CGU, a maiorias das instituições suspeitas de envolvimento no escândalo fez convênios com o INSS no governo passado. No entanto, o esquema teria se intensificado nos últimos anos, na atual gestão.