Os ataques sofridos pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, nesta terça-feira, 27, na comissão de Infraestrutura do Senado Federal, gerou uma onda nacional de comoção em defesa da acreana.
Políticos, artistas, jornalistas e intelectuais vieram a público defender a honra da gestora, muitos deles classificando como machistas e ofensivas as condutas dos parlamentares que hostilizaram a ambientalista.
No entanto, os três senadores do Acre, Márcio Bittar (União Brasil), Alan Rick (União Brasil) e Sérgio Petecão (PSD), preferiram silenciar sobre as intimidações sofridas pela conterrânea, que também já foi senadora. Nas redes sociais deles não houve uma menção sequer ao episódio que ganhou as manchetes dos jornais.
Marina foi convidada a participar da reunião no Senado e, durante sua fala, teve o microfone cortado diversas vezes. Além disso, foi alvo de gritos e rispidezes por parte de parlamentares da Amazônia.
Marcos Rogério, do PL de Rondônia, que conduzia a reunião, mandou Marina colocar-se “no seu lugar”.
Já Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, afirmou que ela não merecia respeito enquanto ministra, o que motivou a acreana a abandonar a reunião. Em março, durante audiência da CPI das ONGs, o mesmo senador chocou o parlamento ao declarar: “Imagine o que é tolerar a Marina [durante] 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la?”.
No Acre, Marina recebeu o apoio de nomes da esquerda, como os ex-governadores Jorge Viana e Tião Viana (PT), do vereador André Kamai (PT), do deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), da ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), entre outros políticos e representantes dos movimentos sociais.