O circo da campanha durou até Musk, no governo, receber o apelido de “primeira dama de Trump”, de tanto que eram vistos juntos, até o filhinho de Musk incluído nos programas. Agora, o circo está mais para rinha de galos. O triste é que voam penas para todos os lados, chegando mesmo a quem quer ficar longe do picadeiro. E Me Too? Terá notado o que Musk disse sobre Trump em festas com garotas recrutadas com métodos análogos aos usados por Musk na campanha eleitoral?
“Donald Trump e Elon Musk entraram numa disputa pública que abala a estrutura da política americana — e reintroduz, com força, um tema que parecia superado: o impeachment.
Trump teria atuado para abafar evidências que o implicam no grande escândalo sexual estrelado pelo magnata do cinema Jeffrey Epstein. Perigosíssimo
Com as eleições legislativas de meio de mandato marcadas para novembro de 2026, o rompimento pode ganhar se tornar tema forte da disputa, ainda que, por enquanto, um novo processo de impeachment pareça improvável.
Mas essa dinâmica pode mudar. Como mostram Martínez, Llanos e Tatalovich (2021), a decisão dos congressistas americanos de apoiar ou não um impeachment depende mais de cálculos eleitorais em seus distritos do que da gravidade do crime. Ou seja, se o custo de defender Trump subir, especialmente em distritos moderados ou competitivos, o apoio interno pode derreter. E Trump já enfrentou ele mesmo 2 processos de impeachment em seu primeiro mandato.
Apesar da arrogância Trump já está vulnerável: sua aprovação cai a olhos vistos pelas medidas anti-imigração e a guerra tarifária.
Recentemente, propôs, a contragosto do seu partido, um pacote fiscal que eleva a dívida pública norteamericana. Foi esse pacote fiscal – apelidado de “Big Beautifull Bill” (lei grande e bonita, em tradução livre) o estopim da ruptura com Musk.
Agora, Trump perde o apoio do homem mais rico do mundo.
Ainda é preciso encontrar fontes, cresce a chance de uma ivestigação no Congresso. E qualquer que seja a conclusão, os danos já foram causados, mas o risco político e legal é real: Se for verdade, há grave crime de obstrução de justiça; se mentira, Musk pode ser acusado de calúnia.
Se as acusações de Musk forem fake news, Trump se torna vítima da própria arma que o impulsionou em 2016.
Mesmo que os fatos sejam comprovados, isso não significa que o impeachment vá acontecer, nem que Trump seja condenado, mesmo ele já tendo conseguido se livrar de dois impeachments.