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Justiça manda soltar mulher que chamou homem de “bicha nojenta” em SP

Justiça manda soltar mulher que chamou homem de “bicha nojenta” em SP

Mulher também usou o celular para gravar as ofensas • Arquivo pessoal/Giulia Podgaec

A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória à Adriana Catarina Ramos de Oliveira, presa após fazer xingamentos homofóbicos, como “bicha nojenta”, contra um homem em uma cafeteria no Shopping Iguatemi, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. A mulher foi proibida de frequentar o local.

A audiência de custódia foi realizada no domingo (15) e Adriana deve cumprir algumas medidas cautelares determinadas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Veja abaixo:

Proibição de frequentar o estabelecimento comercial (shopping) em que ocorram os fatos e onde trabalha a vítima;
comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades, bem como eventual atualização de endereço;
obrigação de manter o endereço atualizado junto à Vara competente (informando imediatamente eventual alteração);
proibição de ausentar-se da Comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao Juízo, sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão.

Segundo uma testemunha do caso, Adriana estava gritando com uma das atendentes do café em que estavam. O homem então pediu para ela se acalmar, já que a funcionária havia dado um sinal que já atenderia ela. A partir disso, começaram os insultos.

“Foi aí que ela começou a atacar ele! Ele estava com a família e amigos, inclusive na mesa dele tinha um bebê de 1 ano. Ela ficou um ‘tempão’ atacando ele, xingando de ‘bicha nojenta’, ‘nojento’, ‘pobre’ e ‘assassino’”, relatou Giulia.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a mulher afirma que é uma pessoa doente e que tem problemas físicos. “Tenho que tomar remédio pra dor”, ela disse ao justificar os atos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a mulher e a vítima foram à delegacia, onde testemunhas confirmaram a versão da vítima. ”O caso foi registrado como injúria no 14° Distrito Policial (Pinheiros) e a indiciada permaneceu à disposição da Justiça”, informou a secretaria em nota.

O Shopping Iguatemi lamentou a ocorrência entre os dois clientes e afirmou, em um comunicado, que “prestou todo o apoio necessário e segue à disposição das autoridades competentes”.

“O empreendimento reforça que o respeito à diversidade — em todas as suas formas — é um valor inegociável e repudia qualquer ato de discriminação e intolerância”, finalizou a assessoria do shopping.

 

Por: CNN Brasil

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