A Justiça de São Paulo absolveu, na sexta-feira (27/6), o arquiteto Felipe Prior, ex-participante do Big Brother Brasil, da acusação de estupro envolvendo uma mulher durante jogos universitários realizados em 2018. O processo tramita sob sigilo e absolvição veio por falta de provas.
A defesa do arquiteto confirmou à Folha a sentença condenatória e declarou que “o país precisa amadurecer para romper com o tratamento enviesado em crimes contra a dignidade sexual”, acrescentando que o juiz responsável pela decisão agiu com “cuidado e isenção”. Já a defesa da vítima não foi localizada pela reportagem.
Felipe Prior também responde a outras três acusações de estupro. Em duas delas, ele já foi condenado. Em setembro do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo aumentou a pena aplicada ao arquiteto em um dos casos, ocorrido em 2014: de seis para oito anos de prisão, em regime semiaberto.
De acordo com o processo, o crime teria acontecido após uma festa universitária, quando Prior deu carona à vítima e a uma amiga. Depois de deixar a colega em casa, ele seguiu sozinho com a vítima. Em uma rua deserta, começou a beijá-la e a forçou a ir para o banco de trás do carro. Segundo a acusação, a jovem, que estava alcoolizada, foi estuprada e não conseguiu reagir. A defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o recurso ainda não foi analisado.
O ex-BBB também foi condenado a seis anos de prisão em outro processo, relacionado a um caso que teria ocorrido durante o carnaval de 2015, em Votuporanga (SP). Essa sentença é de primeira instância e está sendo contestada pelos advogados de Prior.
As denúncias contra Felipe Prior vieram a público em 2020, quando uma reportagem revelou relatos de mulheres que o acusavam de agressões sexuais ocorridas em diferentes anos, durante eventos universitários. À época, o arquiteto negou todas as acusações.
Por Correio Braziliense