O Acre registrou 93 quilômetros quadrados de floresta desmatados em abril de 2025, número 79% maior que no mesmo mês do ano passado, quando foram desmatados 52 km². Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), obtidos por meio do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD).
No acumulado entre agosto de 2024 e abril de 2025, o estado já perdeu 446 km² de cobertura florestal, o que representa um aumento de 19% em comparação com o mesmo período anterior (agosto de 2023 a abril de 2024).
Apesar de representar apenas 2% do total do desmatamento na Amazônia Legal, o Acre teve três unidades de conservação incluídas na lista das dez mais desmatadas da região em abril: a Floresta Estadual (FES) do Mogno, em 8º lugar; a Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em 9º; e a FES do Antimary, em 10º lugar.
A Amazônia Legal engloba nove estados brasileiros e representa 59% do território nacional. No total, o desmatamento na região somou 234 km² em abril de 2025, um crescimento de 24% em relação ao mesmo mês de 2024. O maior impacto foi registrado nos estados do Amazonas (40%) e Mato Grosso (38%), seguidos por Pará, Tocantins, Roraima, Acre, Rondônia e Maranhão.
Em termos de perfil do território, a maior parte da destruição florestal (84%) ocorreu em áreas privadas ou sob posse irregular. Os assentamentos rurais responderam por 12% da devastação, enquanto unidades de conservação foram palco de 4% do desmatamento. Menos de 1% foi registrado em terras indígenas.
Já a degradação florestal teve forte queda: foram apenas 25 km² em abril de 2025, uma redução de 96% em relação aos 696 km² observados no mesmo mês do ano passado. A degradação foi concentrada no Pará (64%), seguido de Amazonas, Roraima e Mato Grosso.